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13 de agosto de 2011

GRANDE EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA AOS ILHÉUS DAS FORMIGAS

INVESTIGADORES ESTUDARAM “A FUNDO” A BIODIVERSIDADE 
  DOS ILHÉUS DAS FORMIGAS 
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A Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM), no âmbito do programa M@rBis (Marine Biodiversity Information System), em coorganização  com a Direção Regional dos Assuntos do Mar do Governo dos Açores (DRAS) e Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores (DOP), realizou no período de 14 a 18 de Julho, uma expedição científica aos Ilhéus das Formigas – Reserva Natural e SIC (Sítio de Interesse Comunitário) adstrito ao Parque Natural da Ilha de Santa Maria.  
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Na impossibilidade de poder participar na expedição por inteiro, na sequência do honroso convite que nos foi feito, por motivos de compromissos já assumidos,  no tempo em que foi possível estar, fizemos um estreito acompanhamento desta importante missão, o qual reportaremos em futuro escrito, nomeadamente como decorreram  os trabalhos de campo, resultados e conclusões. 
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Abaixo, apresentamos resumidamente, o que consiste os Programa Marbis, abrangência, objetivos, meios envolvidos, e já algums fotos da expedição.
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Neste escrito de caráter mais descritivo sobre o projeto em si, informamos os leitores do NATURMARIENSE que a Campanha EMAM/PEPC_M@rBis/2011 teve como objetivo principal a inventariação da biodiversidade (caracterização das espécies e cartografia de habitats) dos ilhéus das Formigas, à semelhança do que já foi feito nas ilhas Desertas e Porto Santo, no Arquipélago da Madeira. 
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A equipa M@rBis, trabalhou em conjunto com uma equipa de investigadores marinhos, mergulhadores e especialistas na identificação da flora e fauna marinhas, incluindo  representantes da DRAS, fazendo parte o Diretor Frederico Cardigos e cientistas do DOP. Os dados atinentes ilhéus das Formigas que forem recolhidos foram carregados em tempo real no sistema M@rBis (Marine Biodiversity Information System), permitindo, desta forma, obter a cartografia d biodiversidade marinha presente nesta área alvo. -
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O Creoula foi a base flutuante da Expedição
A campanha foi realizada por uma forma colaborativa e integrada de trabalho interinstitucional e inter-disciplinar, no quadro de iniciativas oceanográficas. Estiveram envolvidas neste projeto, para além de uma equipa da EMAM, Universidades, Centros de Investigação e Laboratórios Associados, nacionais e internacionais, perfazendo cerca de 70 participantes a bordo, incluindo investigadores, convidados, comunicação social e fotógrafos subaquático, entre os quais o conceituado Nuno Sá, premiado internacionalmente com fotos tiradas ao largo de Santa Maria. 
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A bordo todos trabalharam, aprenderam e divertiram
O levantamento da biodiversidade foi realizado nos espaços intertidal (zona entre marés), subtidal pouco profundo (0-35m) e subtidal médio profundo (35-100m). Os trabalhos de levantamento da biodiversidade tiveram como base o navio “Creoula” da Marinha Portuguesa, contando também com o navio de investigação oceanográfica “Arquipélago”. 
-No espaço marinho subtidal pouco profundo (entre os -100 metros de profundidade) a amostragem foi efetuada por quatro equipas com recurso a mergulhos com escafandro autónomo e por fim entre os 35-100m de profundidade com auxílio de um veículo operado remotamente (o submarino ROV). 
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Cada equipa de mergulho foi composta por 3 duplas de mergulhadores, com um protocolo de mergulho previamente estabelecido quecontemplou censos visuais, raspagens em quadrados de amostragem e recolha pontual de algumas espécies conspícuas. A segurança de mergulho foi assegurada por dois mergulhadores profissionais de uma empresa a contratada para o efeito. 
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Por cada dia de trabalho, as equipas irão deslocaram-se ao ponto previamente selecionado para fazer o trabalho de amostragem e inventariação da biodiversidade marinha e no final regressaram à base (NTM “Creoula”) para terminar o trabalho onde foram feitas triagens, identificação e inserção dos dados no interface do Sistema M@rBis. 
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Numa altura em que se levantam vozes contra a degradação e empobrecimento da fauna e flora do excelente local de mergulho das Formigas e Recife Dollabarat (Ver vídeo abaixo), adveniente da pesca ilegal, decorrente de irresponsabilidades ecológicas e cívicas e de uma insuficiente e inoperativa fiscalização, que temos vindo a alertar, esta alargada expedição ao inventariar a biodiversidade real e atual desta importante Reserva Marinha, certamente confirmará as preocupações/constatações aludidas, esperançando-nos que contribua para impulsionar, no futuro, uma maior e mais eficaz vigilância da zona, através da aplicação de meis tecnológicos de observação e da dotação de melhores meios às autoridades marítimas.
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* José Andrade Melo
 CADEP-CN e Amigos dos Açores, Sta Maria

2 comentários:

Ana Loura disse...

Li este artigo e li o artigo de Frederico Cardigos em http://cardigoso.blogspot.com/2011/07/missao-mrbis-2011.html que lança esperança no futuro, oxalá que sim. Mas sem consciência cívica por parte dos profissionais das pescas(o exemplo dos pescadores do Corvo é brilhante) de forma a acautelarem o futuro, sem o aumento da fiscalização, já que a consciência cívica é pouca, não será fácil nem para os operadores marítimo-turísticos nem para os próprios pescadores, nem mesmo para os consumidores.

José Andrade Melo disse...

Olá Ana Loura

Antes de mais, obrigado sempre pronta atenção às questões que envolvem Santa Maria e os desideratos cívico-ambientais, tão carentes da ação de cada um e de todos.

Quanto ao comentário, concordo plenamente e bebo das mesmas esperanças, daí não podermos baixar os braços e fazer a nossa parte.

Bjs