PERCURSO PEDESTRE - "STO ESPÍRITO - MAIA" : UMA DAS MARAVILHAS PAISAGÍSTICO-AMBIENTAIS DE SANTA MARIA

FRUIÇÃO QUE VOLTOU A MARAVILHAR CAMINHANTES

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(NOTÍCIA DE UMA FRUIÇÃO, BREVE  DESCRIÇÃO  E  HISTORIAL)

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No passado dia 31 de Julho, o CADEP-CN e a representação local dos Amigos dos Açores, organizaram o sétimo percurso de contemplação panorâmica, promoção da saúde e de interpretação ambiental e patrimonial, deste Verão, incidindo desta vez na fruição do magnífico PR4: “Santo Espírito – Maia”.

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Acompanharam-nos doze pessoas, realçando-se, para além de alguns dos habituais, a presença de jovens marienses e luso-americanas, a estreia da Marília Arruda que vai passar a fazer parte dos “regulares” e o vivo interesse de duas caminhantes do Continente (a Ana Beja e a Rosa Fernandes), que muito questionaram sobre Santa Maria e se deliciaram relevantemente com as riquezas paisagístico-ambientais do percurso. 

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Para aguçar o apetite e cativar mais fruidores, apresenta-se abaixo uma breve descrição deste explêndido PP, que foi concebido  e proposto para classificação oficial pelo CADEP-CN (Ler  texto da solicitação à DRT, no final).  -

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Veja a eportagem fotográfica do passeio do dia 31 de Julho em:

 http://www.youtube.com/watch?v=YZCBs52sai8

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DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO PR4: “SANTO ESPÍRITO – MAIA” 

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PONTOS DE INTERESSE OU CENTROS DE ATENÇÃO

 (marcados no traçado cartográfico): 

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1-     Centro da freguesia: Igreja da Senhora da Purificação (Imóvel classificado) e Museu Etnográfico.

2-     Moinho de vento típico e chafariz antigo, mais adiante.

3-     Povoado do lugar da Lapa com casas típicas .

4-     Ribeira Grande, Queda d’Água da Maia vista de cima e vegetação endémica.

5-     Vinhedos da Maia com seus monumentais “currais de vinha em pedra basáltica”.

6-     Farol de Gonçalo Velho e disjunções esferoidais.

7-     SIC da Ponta do Castelo, vegetação endémica, geomorfologia, fósseis e elementos ligados à caça à baleia.

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     Este percurso, com 6,8 Km e grau de dificuldade médio,  inicia-se junto à Igreja de Santo Espírito, passa pelo centro da Maia e termina na antiga Fábrica da Baleia, na Ponta do Castelo, fazendo-se em 3 horas, aproximadamente.  
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    Ponto 1: Depois da apreciação da singular igreja de Santo Espírito (imóvel classificado), pode fazer-se uma visita ao Museu Etnográfico (sugestão), e prosseguir em direcção a um Moinho de Vento Tradicional.
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    Ponto 2 : .Após chegar a este moinho, o trilho continua por um atalho de pé posto por dentro de uma mata com diferentes espécies arbóreas e posteriormente por entre pastagens. Neste troço, após a travessia da mata, encontrará um antigo fontanário à sua direita. Cerca de 500m mais adiante, chegará a uma bifurcação onde deverá virar à sua direita, para um caminho de terra batida designado por   Caminho da Lapa.  

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    Ponto 3: Na travessia do lugar da Lapa, poderá apreciar as belas e típicas casas rurais marienses, com a sua arquitetura singular. Seguindo sempre em frente encontrará indicações para voltar à esquerda, para um pequeno atalho que o levará a uma nascente e um tanque, onde antigamente se lavava roupa. Continue, e chegará a outro caminho de terra, onde deverá voltar à direita, descendo em direcção à costa da Maia. Passará por uma canada antiga, em pedra, e, pouco depois, chegará à margem da Ribeira do Aveiro, também conhecida por Ribeira Grande.
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    Ponto 4: O trilho prossegue paralelo à bonita ribeira até chegar perto da falésia, onde se atravessa a ribeira, para a margem direita. Continuando o percurso, poderá parar em diversos pontos para contemplar a esplêndida Cascata da Ribeira do Aveiro, uma das mais altas de Portugal. 
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    Ponto 5:  O percurso segue agora ao longo da encosta, num atalho de pé posto, e vai descendo depois para o lugar da Maia. Nessa descida pode apreciar o soberbo património edificado que são os tradicionais “currais de vinha” que atapetam a sua encosta num reticulado de pedra lávica, que impressiona pela beleza cénica e imponência da construção.
Ainda, neste troço, para além de soberbas panorâmicas sobre o litoral da Maia,  pode observar-se algumas espécies de vegetação endémica dos Açores como a Festuca petraea, Pericalis malvifolius, Euphorbia azorica, Laurus  azorica, Hypericum foliosum e exemplares da Tolpis suculenta e da Aichryson villosum, plantas endémicas da Macaronésia, existindo esta últina só em Santa Maria, dentro dos Açores.  -

   

   Desvio especial: Ao chegar à Maia, poderá fazer um pequeno desvio à esquerda para ver a Cascata da Ribeira do Aveiro em todo o seu declive, assim como dois pequenos lagares escavados na rocha, datadoe de 1579. Após contemplar a Cascata, podendo subir até ao poço situado na sua base, regresse e continue pelo trilho principal, em direcção à Ponta do Castelo. 
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    O caminho segue ao longo da Maia, e cerca de 1km depois, irá encontrar uma escadaria à direita que sobe para a estrada regional, onde poderá observar uma bonito e típico chafariz. 
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   Ponto 6:  Prosseguindo adiante, deverá virar à esquerda e seguir sempre em frente em direção ao Farol de Gonçalo Velho, podendo obervar interessantes formações rochosas como disjunções prismáticas e esferoidais.
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    Ponto 7: À esquerda da escadaria de acesso ao Fatol, encontrará um caminho de pé posto que desce para o mar, ao longo do qual se podem observar várias e raras espécies da flora endémica costeira dos Açores, como a bela Azorina vidalii, o Lotus azoricus, entre outras. Chegando lá abaixo encontrará as ruínas de uma antiga Fábrica da Baleia, belos aspetos geomorfológicos na encosta junto ao mar,  podendo também desfrutar de uma tranquila zona balnear, podendo fruir de um retemperador banho. 
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    O lugar da Maia pela sua beleza e riquezas patrimonial e paisagístico-ambiental é classificada como  “Paisagem Protegida” e a Ponta do Castelo (espaço final deste PR) é uma área classificada como Sítio de Interesse Comunitário.  
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    É responsabilidade de todos(as) nós contribuir para a sua protecção, fruindo das suas riquezas com responsabilidade e respeito, pautando-se por um código de conduta como seguir só pelos trilhos definidos, não danificar plantas nem elementos geológicos, levando só fotografias, numa prática de respeito e de sustentabilidade ecológica.-
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Reprodução proibida sem autorização  e indicação da fonte.

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DOCUMENTO QUE DEU ORIGEM À CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO

(Para que haja história e fique na memória)

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Ex.ma Senhora

Directora Regional de Turismo

Dra. Isabel Barata
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Assunto: CRIAÇÃO DE PERCURSO PEDESTRE EM SANTA MARIA

                SOB A DENOMINAÇÃO “PR4:  SANTO ESPÍRITO - MAIA” 

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   Sabendo-se que da parte de várias entidades como o Governo Regional, a Câmara Municipal, o CADEP-CN e a a Câmara do Comércio apontam o Turismo Ecológico como o sector estratégico para a diversificação económica e contributo importante para a valorização/preservação patrimonial e ambiental de Santa Maria, aposta que muito tem incentivado, acredita e quer colaborar o CADEP-CN (Clube dos Amigos e Defensores do Património-Cultural e Natural de Santa Maria) e representação local dos Amigos dos Açores:

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   Sabendo-se que Santa Maria já possui infra-estruturas hoteleiras de excelente qualidade e espaços de turismo de habitação em quantidade, que justificam um esforço conjunto e urgente de entidades públicas e privadas para a chamada de turistas à ilha, em vista à sua sustentação económica; 

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   Sabendo-se que, para além de uma, ainda, incipiente divulgação do destino Santa Maria, outra grande deficiência desta ilha é ao nível da animação e oferta de ocupação dos turistas, na fruição do seu magnífico património natural e cultural, complementando o insistido enfoque como "destino de sol e praia", que é muito redutor face às potencialidades turísticas globais da ilha;

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   Sabendo-se que os percursos pedestres tem vindo a ter uma crescente procura nacional e internacional e são uma actividade por excelência para a fruição ao vivo, tomada de conhecimento e valorização das nossas riquezas naturais e património cultural das nossas ilhas; 

  Sabendo-se que Santa Maria já tem registados aí na Direcção Regional de Turismo três PR´s (dois deles também concenbdos por nós), que apesar da sua riqueza, nenhum deles abrange os magníficos recantos paisagísticos nem quaisquer elementos do património cultural e natural da maior freguesia da ilha que é Santo Espírito; 

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  Vimos propor a V.Exa a consideração e classificação de um rico e singular PR, na Freguesia de Santo Espírito, cujo itinerário, pontos de paragem e distâncias a percorrer já detalhámos e apresentamos, resumidamente, em anexo. 

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   Trata-se de um PR, muito coerente em termos de fruição turística, muito variado em termos de riquezas do património cultural e construído, com vários elementos singulares da flora, da fauna e da geomorfologia, para além de extasiantes recortes paisagísticos que inclui ribeiras, a maior cascata da ilha, o SIC da Ponta do Castelo com o maior e mais belo Farol da ilha, os “currais de vinha” de pedra lávica melhor conservados desta terra, etc. 

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  Este futuro PR, no seu itinerário foi idealizado e concebido pelo CADEP-CN ccordenado pelo prof. José Melo, representante dos Amigos dos Açores com formação específica na matéria, o qual já teve o cuidado de o submeter à apreciação de dois dos maiores especialistas dos Açores em percursos pedestres -- o vosso técnico Gerbrant e o Dr. Teófilo Braga, Presidente dos Amigos dos Açores --, os quais fizeram uma avaliação muito positiva, como V.Exa poderá comprovar junto dos mesmos. 

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  Caso V.Exa aceda à nossa solicitação, que será também reforçada pela Junta de Freguesia de Santo Espírito, adiantamos já que, em conjunto com aquela autarquia, para além da concepção do projecto, dispomo-nos a ser parceiros na implantação deste PR, cedendo homens no terreno para as limpezas iniciais, com acompanhamento no terreno para salvaguarda da flora endémica e tratamento de requisitos de segurança, deixando posteriormente estas tarefas a cargo da DRT, após a classificaçao do PR.

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  Além dos documentos agora enviado a V,Exa, para informações/dados mais detalhados e completos, nomeadamente:  traçado cartográfico e perfil altimétrico em suporte informático, registos fotográficos e resumos escritos das riquezas de cada um dos Postos para elaboração do folheto, dispõe-se o  CADEP-CN, através do prof. José de Melo para esse fornecimento, através de prestação serviços.

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   Na certeza da sua melhor atenção ao reconhecimento da mais-valia do que propomos em termos de animação/ocupação turística de qualidade que urge disponibilizar em Santa Maria, assim como para o desiderato da valorização patrimonial e ambiental desta ilha,  agradeço, desde já, aguardando a melhor resposta. 

    Santa Maria, 17 de Abril de 2004

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    O Coordenador do CADEP-CN
                                    
 José de Andrade Melo