TIGRE ATACA VIOLENTAMENTE VITOR CARDINALI,
EM DEFESA PRÓPRIA
-Quanto teria sofrido o animal até reagir daquela maneira defensiva?
"Uma lição para ser aprendida" |
Na decorrência do acontecimento referido no título acima, sucedido na semana passada, pesquisamos sobre os vergonhosos sofrimentos, torturas e mau-estar a que são sujeitos os animais usados nos circos. A situação referida, não foi mais do que uma reação à violência, à grande pressão a que estava a ser sujeito o tigre-fêmea e às situações anti-natura que lhe impunha o domador (confirma-se na notícia), sendo mais uma prova do sofrimento que são alvo os animais nos circos. (Ver vídeo da notícia aqui ).
Vamos dar a conhecer aos leitores a verdade sobre o real sofrimento dos animais nos circos, para que, informadamente, reconheçam que frequentar esses espetáculos é ser-se conivente com atrocidades e vergonhosas torturas, devendo decidirem em consciência a sua rejeição.
-Neste escrito, aproveitamos também para enfocar os direitos dos animais, e sensibilizar/apelar a todos os educadores e pais, que em prol de uma educação dos seus filhos/discentes virada para os valores da vida, e de uma sociedade mais civilizada esperançada neles, arredem-nos de diversões acopladas ao sofrimento alheio, quer seja explícito como nas touradas, ou mais escondido, como nos circos.
--Cada vez mais países, progredindo civilizacionalmente, estão a proibir o uso de animais nos circos, em cumprimento da DUDA (Declaração Universal dos Direitos dos Animais) ao dispor que “Nenhum animal deverá ser submetido a maus-tratos nem a actos cruéis” (Artº 3º) e “As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal” (Artº 10º).
Observando que as disposições da DUDA, proclamada pela UNESCO, são sistematicamente ignoradas no treino e alojamento de animais nos circos, havendo crueldades atrozes, a Áustria, Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, Índia, Israel, Cingapura e Suécia já proibiram a sua utilização em espetáculos, estando em crescendo vários movimentos cívicos para que tal proibição, extensiva à barbárie das touradas, seja alargada a outras partes do mundo. No Brasil, exemplarmente, também a proibição já existe em sete estados: Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
Para que não fique indiferente e saiba a verdade, abaixo vamos relatar sumariamente os métodos de "treino'', perpetrados com animais selvagens retirados cobardemente da natureza e levados para os circos, atentando contra a sua natureza intrínseca, dignidade e princípios de civilidade hodierna de respeito pela vida.
ELEFANTES
-- Como fazer para conseguir a atenção de um grande elefante e forçá-lo a fazer "manobras de diversão?
“Surre-o e pique-o fortemente.” Eis como Saul Kitchener (ex-diretor do San Francisco Zoological Gardens), disse, claramente, ser o procedimento base.
-- “Antes de chegarem ao circo, passam por meses de tortura. São amarrados sentados, numa jaula onde não se podem mexer para que o peso comprima os órgãos internos e causem dor;
-- Levam surras diárias, ficam sobre seus próprios excrementos até que passem a obedecer.
Os elefantes comunicam entre si, vivem em grupos com papéis sociais definidos, são extremamente inteligentes, ficam de luto por seus mortos e são capazes de reconhecer um familiar mesmo tendo sido separado dele quando filhote;
Sofrem de problemas nas patas por falta de exercícios, pois na natureza elefantes andam milhares de quilómetros todos os dias;
No circo os elefantes permanecem sempre acorrentados entre as exibições. Mexer constantemente a cabeça é uma das características da neurose do cativeiro.”
De acordo com Henry Ringling North, no seu livro "The Circus Kings", os grandes felinos são acorrentados nos seus pedestais e as cordas são enroladas nas suas gargantas para que tenham a sensação de estarem a ser sufocados;
- São dominados pelo fogo e pelo chicote, golpeados com barras de ferro e queimados na testa pelo menos uma vez na vida para que não esqueçam da dor;
Muitos têm suas garras arrancadas e presas extraídas ou serradas e passam a maior parte de sua vida dentro de jaulas apertadas.
URSOS
- Suas patas são queimadas para forçá-los a ficar sobre duas patas;
- São obrigados a pisar em chapas de metal incandescente ao som de uma determinada música. No picadeiro, os ursos escutam a mesma música usada durante o "treino" e começam a se movimentar, dando a impressão de estarem dançando;
- Muitos tem garras e presas arrancadas. Já foi constatado um urso com 1/3 de sua língua arrancada;
- Alguns ursos se auto-mutilam com o stress e sofrimento infligindo, batendo a cabeça nas grades e comendo suas próprias patas.
- MACACOS
- Apanham surras para obedecer e obedecem apenas por medo;
- Roer unhas e auto-mutilação são comportamentos frequentemente encontrados em macacos cativos;
- Bastas vezes os dentes são retirados para que o animal possa ser fotografado junto às crianças.
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- Apanham com chicotes para “aprender”;
Muitas vezes, por terem que fazer os números em pisos inadequados, especialmente escorregadios, acabam adquirindo lesões irreversíveis, com fortes dores.
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Em suma, a praticamente todos os animais de circo lhes é imposto o seguinte malfadado destino:
- Estão sujeitos aos “instrumentos dos clássicos treinos”: choques elétricos, chicotadas, privação de água e comida;
- Ficam confinados sem a mínima condição de higiene, sujeitos a diversas doenças;
- O confinamento não lhes fornece o mínimo de condições de bem-estar , sendo, aliás, totalmente contrário à vida que teriam em seus "habitats" naturais;
- Não têm assistência veterinária adequada;
- São obrigados a suportar mudanças climáticas bruscas e viajar milhares de quilómetros sem descanso.
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Por estas situações intoleráveis é que grandes massas de opinião pública e diversas associações pelos direitos dos animais em todo o mundo condenam e lutam contra a presença de animais nos circos. Esta causa, crescentemente, também tem vindo a ser defendida por parte do público circense, sabendo que todos os fatos narrados já foram comprovados por amplo material já recolhido através de filmagens em várias partes do mundo, como Brasil, USA... e Portugal, incluindo o Circo Cardinali. (Veja no vídeo aqui , como o Cardinali, trata os elefantes, mesmo em exibiçao. Imagine-se o que lhes é feito "nos treinos à posta fechada").
Esperemos que a dentada que a determinada Nina deu ao Diretor do Circo Cardinali, lhes sirva de lição e de reflexão/arrependimento sobre o sofrimento que já infligiu também aos outros animais, para que, como agradecimento divino por ainda estar vivo, decida mesmo que “não vale a pena ser mais domador”, para sua saúde e bem-estar dos animais.
Tais fatos nos fazem concluir, comprovadamente, que o lugar de animais não-humanos não é em circos, e a fortalecer na luta pelo cumprimento da Declaração da UNESCO, também nos Açores e no Continente.
Circos como o do “Soleil”, tão só considerado o melhor do mundo, já deram esse exemplo de civilidade, só usando artistas humanos, nos seus espetáculos.
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DEPOIS DESTES REVOLTANTES E CRUÉIS FACTOS, AINDA VAI CONTINUAR A LEVAR SEUS FILHOS A CIRCOS COM ANIMAIS?
Depois de agora saber toda a verdade, a bem da educação e evolução civilizacional das novas gerações, acreditamos que o não faça...
É bem claro e comprovado que não é possível domar animais selvagens sem lhes provocar constrangimentos anti-natura, impor-lhes rotinas massacrantes e infligir-lhes atrozes sofrimentos, para que, dentro de uma relação de medo e dor, os obrigue a fazer as “habilidades” pretendidas pelos domadores.
"No circo as crianças riem da dignidade perdida dos animais, que "desumanamente" foram forçados a ser aquilo que não são por natureza"
vamos ensinar as crianças a serem humanas com os animais |
É seguramente uma contraproducência educativa e civilizacional , permitir que um circo com animais, continue a ser um local de diversão de crianças.
-O fato dos animais estarem presos, enjaulados e acorrentados, com o acréscimo do stress das longas viagens em condições muitas vezes precárias deveria bastar, só por si, para que os nossos filhos nem nós frequentássemos mais circos que usam animais.
“A esperança de um mundo melhor, no amanhã, está proporcionalmente ligada à educação que proporcionamos aos nossos filhos hoje e aos valores que lhes são transmitidos”.
A profundidade da questão que aqui colocamos assenta na ética, como ponto de partida para as mudanças que desejamos na nossa sociedade quanto ao respeito pelos valores intrínsecos da vida quer dos humanos, quer dos não humanos e à dignidade que a todos os seres é devido. É o mínimo que se pode esperar de uma sociedade civilizada que se quer para Portugal e para o mundo.
“O grau de educação e de civilidade de um povo, pode ser julgado pela forma como trata e respeita os seus animais”.
* Mahatma Gandhi (Adaptado)
1 comentário:
Bom trabalho!
Nunca é demais divulgar e falar aos que estão muito distraídos.
Como se poderá gostar de animais e ir vê-los em condições nada naturais?
Ai as "palas" que nos põem enquanto crescemos...depois nem damos por elas...
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