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13 de dezembro de 2011

O FENÓMENO DOS PEIXES MORTOS QUE DERAM À COSTA DE SANTA MARIA

SENHOR DIRETOR REGIONAL DOS ASSUNTOS DO MAR FORNECE EXPLICAÇÃO TRANQUILIZADORA
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      O aparecimento na costa de Santa Maria de milhares de peixes mortos da espécie Capros Aper (peixe-pau), que demos notícia  aqui, desencadeou  alguma preocupação pública suscitada pelo surgimento de algumas conjeturas causais que ouvimos, como as algas tóxicas e produtos químicos venenosos depositados no oceano, tendo obviamente causado receios "dessa possível contaminação" chegar à mesa, através dos peixes comercializados.
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Na decorrência de alguma troca de mensagens com a Direção Regional dos Assuntos do Mar sobre o caso,  o seu Diretor Frederico Cardigos, enviou-nos uma explicação científica da ocorrência, na mesma linha do que anteriormente já tinha esclarecido através do Asas do Atlântico.
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Abaixo, apresentamos  o resumo textual da explicação científica do fenómeno, que nos foi remetida, no intuito de alargar a informação disponibilizada sobre o aludido incidente ecológico e contribuir para uma maior tranquilização pública.
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“De tempos a tempos, há arrojamentos de peixe-pau (Capros aper), (“pimpim” é um nome continental…), e do trombeteiro (Macroramphosus scolopax), emictofídeos mortos nos Açores.

Estes peixes são dos mais comuns no Atlântico e estão na base da cadeia trófica de alguns dos grandes peixes pelágicos.

 Nos primeiros anos em que este fato foi registado e em que o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores já estava ativo, foram realizados estudos tendentes a identificar o que teria acontecido a estes pequenos peixes. Depois de analisados alguns exemplares, concluiu-se que tinham morrido por falta de alimento. Fazendo uma busca às imagens de satélite concluiu-se que o que tinha acontecido era o seguinte: a saída da corrente do Golfo, na América, em direção ao Norte da Europa, por vezes, forma “pequenos” vórtices (chamados de Eddies) que se deslocam isoladamente pelo Atlântico. Estes Eddies formam assim autênticas bolsas, muito ricas em matéria orgânica, mas que estão isoladas do restante contexto por uma fronteira térmica. Aí, os peixes crescem até esgotar os recursos existentes. Quando esse esgotamento se dá perto das nossas ilhas e com o contexto oceanográfico certo (normalmente tempestades), esses peixes não chegam a afundar ou a servir de alimento para outros animais, arrojando em terra. “


Não obstante esta explicação já alicerçada científicamente, ainda anos adiantou o Senhor Diretor Regional, que a DRAM, já disponibilizou a alguns investigadores, alguns organismos recolhidos, para facultar novas análises, que possam, eventualmente,  aprimorar e atualizar conclusões.


Sites para informação complementar:


1 comentário:

Victor Correia disse...

É uma explicação muito curiosa.
bom serviço deste blog em anunciar este esclarecimento científico, informando as pessoas e deixando-as mais descansadas.

Abraço e um Bom Natal para todos.

Victor