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20 de dezembro de 2011

POR UM NATAL MAIS AMIGO DO AMBIENTE E DO BOLSO DAS FAMÍLIAS

CONSELHOS E RECOMENDAÇÕES PARA OFERTAS "SUSTENTÁVEIS" 

Com a intenção de ajudar a contribuir para um Natal ambientalmente mais sustentável, apresentamos alguns conselhos simples que permitirão usufruir de um Natal, concomitantemente, mais respeitador do ambiente e mais favorável  à economia das famílias, podendo assim contribuir para uma melhor futuro.

Nos últimos anos a época do Natal tem-se tornado numa época de "consumo desenfreado", tendo como principal “embaixador” o forjado Pai Natal (há quem mesmo lhe chame de “emissário capitalista”), que trabalha em conjunto com a ”embaixatriz” publicidade, que começa a “assediar”, as famílias, ainda em Novembro.

 Mais do que em qualquer outra época do ano, somos estimulados, influenciados, instigados, empurrados a comprar, comprar, comprar… Este consumo imediato e pouco refletido provoca impactos ambientais graves, mas, pode também estar na origem de problemas económicos, que poderão ser mais acentuados com a conjuntura de crise que atravessamos. 

Para ajudar a contribuir para um “Natal Ambiental”, com mais poupança familiar,  melhor educação dos seus filhos, e alguma solidariedade animal, aqui sugerimos  alguns conselhos simples mas muito importantes. A saber:


- Pense bem sobre as prendas que vai oferecer e a quem; não ofereça só por oferecer e opte por produtos que garantam utilidade: é importante privilegiar a oferta de prendas que não sejam colocadas imediatamente na prateleira ou arrumadas no sótão; pense bem antes de comprar uma prenda, procure saber das preferências ou do que faz falta às pessoas que vão ser alvo da sua simpatia; 

- Adquira produtos preferencialmente educativos: quando se tratar de prendas para as crianças, procure oferecer produtos que estimulem a inteligência, a criatividade, a paz entre as pessoas e o respeito pelo ambiente; 

- Compre produtos duráveis e reparáveis: hoje em dia um dos principais problemas de muitos dos produtos que consumimos prende-se com a ideia consumista de usar e deitar fora (a “descartibilidade” é inimiga da reutilização e da recuperação); 

- Se tiver possibilidades económicas e condições espaciais na sua residência, adote um cãozinho do Canil Municipal para o seu filho. Constitui um ato cívico e solidário; é uma prenda gratuita, que durará vários anos, e que contribuirá para a felicidade de “dois seres”; 

- Se optar por ferecer aos seus filhos brinquedos eletrónicos adquira primeiro um recarregador de pilhas para que possam funcionar com pilhas recarregáveis que se tornam mais baratas do que as descartáveis e são mais amigas do ambiente; 

- Escolha produtos menos complexos, que possuam menos materiais misturados, pois estes são, habitualmente, mais fáceis de reciclar e reparar; 

- Resista à publicidade enganosa que nos bombardeia diariamente com produtos e funções dos quais não temos qualquer necessidade, nem nunca vamos usar. O equipamento informático e especialmente os telemóveis são talvez os que melhor se enquadram nesta categoria de produtos. Mais importante do que pensar no modelo é pensar no uso que iremos dar a cada uma das funções tão publicitadas;  

- Gaste apenas na medida das suas possibilidades: tenha em conta o seu orçamento real e respeite os seus limites de endividamento, o que lhe permitirá ser mais criterioso nas suas escolhas e, logo, mais sustentável; 

- Adquira produtos açorianos e de fabrico português nacionais, pois a sua qualidade certamente não será menor, o impacte ambiental associado ao transporte dos produtos será nulo ou mais reduzido, com o acrescento que contribuir para a economia da região e do país;

- Envie cartões de Natal por correio eletrónico; é mais barato, não consome papel e não constituirá posteriormente um resíduo. Se isso não for possível, seja mais criterioso no envio dos cartões e utilize sempre papel reciclado e envelopes reutilizados.  
 
- Reutilize papéis de embrulho de anos anteriores ou pequenas caixas de outros produtos para acondicionar as prendas; aumenta a surpresa, diminui as despesas e o impacte ambiental das suas compras. Sempre que tal não for possível, adquira papel reciclado para fazer os seus embrulhos;
- Consuma bebidas em embalagens reutilizáveis (com tara retornável). Não originam resíduos e ainda por cima são mais baratas; 

- Não use na sua festa de Natal pratos ou copos descartáveis (em plástico ou cartão) nem guardanapos ou toalhas de papel. Não são agradáveis e dão origem a RSU´s; 


- Tenha atenção à própria embalagem do produto; ainda que seja necessária, pode assumir um grande peso no preço final, pelo que evite ao máximo o excesso de embalagem e privilegie embalagens menos complexas (que misturem menos materiais - papel, plástico, metal) porque serão mais facilmente recicláveis;

- Adquira uma árvore de Natal sintética ou então recorra apenas a árvores vendidas com autorização dos serviços florestais da ilha, como garantia da sustentabilidade do corte;

- Não embarque nas modas e reutilize os enfeites de Natal dos anos anteriores.

TERMINADA A  FESTIVIDADE DO NATAL 

- Guarde os laços e o papel de embrulho para que os possa utilizar noutras ocasiões; 

- Separe todas as embalagens - papel/cartão; plástico; metal – e coloque-as nos ecopontos mais próximos, que a câmara Municipal já disponibilizou. 

- Reflita ao longo do ano sobre a utilidade que foi dada às prendas que ofereceu, assim como sobre as que recebeu, e corrija procedimentos no próximo Natal, seguindo mais de perto as recomendações acima apresentadas. 

MENSAGEM FINAL: 

Nós não somos aquilo que consumimos, mas o nosso consumo diz muito sobre quem somos.” 

Um Santo e Feliz Natal para todos, apelando que seja o mais ecológico possível.

 * José Andrade Melo
   CADEP-CN e Amigos dos Açores, Sta Maria

5 comentários:

André Medeiros disse...

Concordo totalmente com a mensagem apresentada com coragem e muita clarividência neste post. Mostra uma crítica social que era preciso ser feita, pelo consumo excessivo, e a maior parte das vezes desnecessário, que muitas vezes somos levados a fazer pelos impurrões da publicidade.
Quanto ao figurão do pai natal, não poderia estar mais de acordo, com o que diz a mensagem, é sem dúvida um figurão do consumismo.
Porque os recursos naturais não são ilimitados os conselhos são muito importantes e vou tentar cumprir alguns já este ano, até que não tenho outro remédio:)

Bom Natal.

aNaTureza disse...

Muito bom post.
Sem dúvida há que alertar e fazer ver o que normalmente não querem que vejamos, pois este sistema económico pede crescimento contínuo num mundo de recursos finitos.

Desejo a todos, alegria e contínua esperança de que a nossa vida sirva para fazer a diferença pela positiva.

Este deverá ser o lema de quem tem consciência e que não se limita a conformar-se por "as coisas são assim"...

"Sejamos a mudança que queremos ver no mundo"

Rita Silva disse...

É PRECISO COMBATER O CONSUMISMO E ESSE PALHAÇÃO DO PAI NATAL, QUE O CAPITALISMO NOS VENDE E AINDA LHES BATEMOS PALMAS.

LIBERTEM AS CRIANÇAS DESSSE FIGURÃO EREGRESSEMOS A JESUS!

QUE JESUS NO ABENÇOE NESTE NATAL, E QUE 2012 SEJA UMA NOA MAIS ECOLÓGICO.

Paula disse...

Abaixo o conumismo desenfreado, porque os recursos planetários não são infinitos.

Prabéns pelas sugestões ecológicas e clarividência do naturmariense, no escrito que apresenta.

Vou repassá-lo e todos deveriam fazer o mesmo, porque é uma mensagem que faz acordar consciências e desafiar inteligências.

Boas festas e felicidades.

Dinis Braga Sousa disse...

Devemos ser consumidores conscientes e não ser levados por publicidades enganosas. Quanto ao pai natal é precsido separar o trigo do joio.