FUNDO DO MAR DE SANTA MARIA COM
45 MILHÕES DE ANOS
Uma equipa
germano-lusa-francesa acaba de publicar
um artigo sobre a fonte de magmas dos Açores e assina que foram datadas lavas imersas
com 45 milhões de anos a nordeste da Santa Maria e a sul do Mar da Prata , um
importante acidente geológico da
plataforma dos Açores . Diversos navios estrangeiros e nacionais têm dragado
afloramentos rochosos do fundo do mar açoreano e a pouco e pouco vão sendo
divulgadas novas idades sobre as raízes do arquipélago .
A equipa científica foi
constituida por Beier, Mata, Stokhert, Metielli,Brandl, Madureira, Genske, Martins,
Madeira & Haase.
Recordo que em Santa Maria, são conhecidos tufos
basálticos nos Cabrestantes que são
considerados os mais antigos dos Açores
emersos, entre 8 e 10 milhões de anos.
José Melo
Fonte consultada: INFOPRESS
2 comentários:
Oxalá todas essas investigaçõs não desaguam em projeto de extração de gás ou de petróleo...
Sobre um escrito do Dr. Sérgio Ávila, sobre este post, nos seguintes termos:
“O texto do Naturmariense tem um erro, quando afirma que “Recordo que em Santa Maria, são conhecidos tufos basálticos nos Cabrestantes que são considerados os mais antigos dos Açores emersos, entre 8 e 10 milhões de anos.” As lavas muito alteradas que forma a Formação dos Cabrestantes correspondem a lavas submarinas (portanto, ainda não estamos na fase de “ilha emersa”). As primeiras lavas subaéreas, correspondentes à primeira ilha de Santa Maria, são as da “Formação do porto”, que hoje em dia são visíveis a Norte (um pouco a leste da ponta dos Frades, na encosta), e a Sul, em pleno porto de Vila do Porto.”
Repondo assim:
Sem dúvida que a Formação do Porto, datada do Miocénico médio (Tortoniano), com cerca de 6-7MA, é a mais antiga da ilha, desenvolvida em ambiente subaéreo, sendo visíveis os dois cones de piroclastos expostos, que estiveram na génese desta formação, nas encostas da Cré, a Norte da ilha, e do Porto da Vila, a Sul da Ilha. No entanto, mesmo sabendo-se que a Formação dos Cabrestantes – esta sim a mais antiga dos Açores – (cerca de 8-10 MA), foi desenvolvida em ambiente submarino, quando é dito que no local se presentam os mais antigos tufos basálticos “emersos” dos Açores, não se quer dizer que a formação tenha sido subaérea, mas tão só que, se encontram “fora de água” (nao “imersos”), não sendo necessa´rio mergulhar para observá-los.
Trata-se de uma informação atinenete à sua localização/situação atual e não relativa à sua génese de formação.
Do mesmo modo, quando se diz que Santa Maria é a única ilha dos Açores, onde se podem ver Pillow lavas emersas, mesmo sabendo-se que estas formações são todas decorrentes de episódios submarinos, está só a informar que as mesmas podem ser apreciadas fora de água. (E aqui há fenómenos de regressão marinha e de sobre-elebação da ilha que terão de ser explicados, para compreensão da sua passagem para a situação emersa).
Agradeço no entanto a pertinência das observações dos comentários, aqui ficando o esclarecimento e pedindo desculpa por alguma confusão interpretativa que possa ter gerado a publicação.
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