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20 de fevereiro de 2014

PORTUGAL PERDEU A CIVILIDADE, MAS É PRECISO RETOMÁ-LA!

"AS TOURADAS SÃO PRÁTICAS BÁRBARAS, CRUÉIS E DEGRADANTES QUE DEVEM ENVERGONHAR A MORAL E A CULTURA DOS POVOS QUE A PRATICAM"
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Pelo Aviso de 7 de Julho de 1809 do Príncipe Regente D. João, eram proibidas as touradas no Reino “pelos seus notórios inconvenientes, como sofrimento aos animais e perigos para as pessoas”, facto comunicado ao Intendente Geral da Polícia, Lucas Seabra da Silva. 


Logo após a publicação do Aviso é indeferido um pedido de licença para uma tourada com a seguinte alegação do Intendente: 

“As corridas de touros sempre foram consideradas como um divertimento impróprio de uma humana Nação civilizada. Espectáculos desta natureza, “para além da tortura dos bichos”, são quase sempre acompanhados de desastres, ou no lugar do mesmo espectáculo ou na condução de animais: e estas cenas de sangue somente são capazes de inspirar ao povo grosseiro inclinação aos assassinios”
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Enquanto o loby tauromáquico se  salvaguardar na falácia da tradição para justificar uma barbárie, não conseguiremos ter um diálogo moralmente honesto, em que um ser humano consciente pára para pensar na lógica de torturar selvaticamente outro ser vivo, infligindo-lhe dores e agonias atrozes, para gáudio de uns quantos (felizmente cada vez menos) desprovidos de sensibilidade e inteligência emocional.

Felizmente, que na minha ilha de Sta Maria essa tortura não acontece com a intensidade da violência perpetrada nalgumas ilhas do Grupo Central, mas envergonho-me de pertencer a uma região e a um povo que comporta em si praticantes de tais actos injustificáveis, sejam por motivos económicos, turísticos ou culturais.

O que é sobejamente sabido e provado é que os turistas de qualidade (ecoturistas), aqueles que verdadeiramente interessam e mais aportam aos Açores, não aprecia esta selvajaria, já havendo exemplos de os terem afugentado. 

Como pode um povo civilizado concordar com isto?! 

Como pode uma região que se apregoa e se quer afirmar como ecológica, defensora dos animais e da natureza comportar esta bárbara incongruência?
Um dia  daremos o salto civilizacional de abolir esta barbárie. Já estivemos mais longe e já muitos o perceberam.

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