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20 de abril de 2011

PROTESTO CONTRA GARRAIADAS E SOFRIMENTO ANIMAL

 CARTA DE PROTESTO DO CADEP-CN E A.AÇORES-STA MARIA CONTRA DIVERTIMENTOS NA SEMANA ACADÉMICA À CUSTA DO STRES E MAU-ESTAR DOS ANIMAIS - CONTRARIANDO A DECLARAÇÃO DA UNESCO

Olá amigos(as)

Agindo na senda e coerência de nossos princípios, em assumção da operacionalização da DUDA (Declaração Universal dos Direitos dos Animais), proclamada pela UNESCO, que no seu preceituado combate o stress e o sofrimento de animais para divertimento humano, e também no âmbito da nossa inserção e responsabilidades no GBEA (Grupo pelo Bem-estar Animal dos Amigos dos Açores), e no Movimento "Açores Melhores sem Maus tratos aos Animais", enviámos uma carta de protesto contra a utilização de animais para diversão, na semana académica, redigida nos seguintes termos:
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Exmo. Senhor Presidente da Associação Académica da Universidade dos Açores

(Com Conhecimento ao Presidente do Governo dos Açores e ao Reitor da Universidade dos Açores e à Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada)

Foi com surpresa e alguma tristeza que tomamos conhecimento que a Associação Académica da Universidade dos Açores, com o apoio de dinheiros públicos, uma vez mais vai promover uma retrógada “garraiada", como se a imaginação dos jovens não pudessem dispor de mais nada do que recorrer ao mau-estar e stress dos animais, para se divertirem.

Atendendo a tal actividade nada tem a ver com a cultura genuína do povo micaelense, constituir um desrespeito pela Declaração Universal dos Direitos do Animal (DUDA) que reconhece a necessidade de se respeitar o bem-estar e natureza dos animais não humanos e constituir um mau uso dos dinheiros públicos numa altura em que são conhecidas as dificuldades orçamentais da Universidade dos Açores e tanto os Açores como o resto do território nacional, está a atravessar uma crise económica e social que se traduz no número crescente de desempregados e na dificuldade por que passam as pequenas e médias empresas, vimos manifestar o nosso repúdio pela integração da garraiada na Semana Académica que só pode ser entendida como parte da investida, em São Miguel, por parte de alguns aficionados terceirenses, que pretendem popularizar e alargar as touradas em outras ilhas, adulterando culturas locais, com o fim único de protegerem os seus lobbies e ganharem terreno para introduzirem nos Açores as tenebrosas e sádicas touradas picadas e os touros de morte, que tão má imagem já deu dos Açores, só pela tentativa.

Aproveitamos para declarar o nosso compromisso de tudo fazer para denunciar, não só a nivel regional, mas tabém a nível nacional e internacional, o mau uso dado aos dinheiros públicos para a manutenção de uma indústria decadente e crescentemente combatida, que vive do sofrimento dos animais, contrariando assim a DUDA e o avanço civilazicional que se requer nos nossos tempos.

Contamos com a sua reflexão e exemplo, a bem de uma cultura genuina e sã baseada na civilidade e respeito pela vida, em quaisquer das suas formas, esperançados de que a rebeldia e nova mentalidade da juventude hodierna, também através da Associação Académica que V.Exa. Preside, paulatinamente libertará as sociedades de práticas que atentem contra o ambiente e o bem-estar animal, "agindo localmente e pensando globalmente", desde já.

Com os melhores cumprimentos

José de Andrade Melo
B.I. 6312045

Coordenador do CADEP-CN*

* Clube dos Amigos e Defensores do Património-Cultural e Natural
Amigos dos Açores-Santa Maria
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"Quando se educa crianças e jovens, não queremos só mostrar-lhes que um tigre ou um touro tem pêlo e quatro patas. Esperamos passar-lhes valores de integridade, respeito ambiental e consideração pelo sofrimento alheio".

Adaptado de Leonor Galhardo, bióloga, PÚBLICO, 25-05-2009

1 comentário:

Ensino,religião e política. criticas. disse...

Que bom seria.

Que bom seria.
Se não houvesse carcaça
E nem houvesse fumaça,
Nem brasa na churrasqueira.
Os nossos irmãos animais
Sem dores e medos reais
Vivendo suas vidas inteira.

Que bom seria.
Não ver o sangue correr,
Nenhum animal perecer
Aves, suínos, ruminantes.
Sem urros e sem gemidos,
Sem animais perecidos
No fio de um aço cortante.

Que bom seria.
Sem nada de violência,
Sem nenhuma desavença
Somente uma via plena.
Entre os seres racionais
E também entre animais
A paz reinasse serena.

Que bom seria.
Se isso não fosse utopia,
Nem mesmo uma fantasia
Na tão sonhadora ilusão,
Mas me entristece a maldade,
Mesquinhos poder que invade
Os descendentes de adão.


Que bom seria,
Sem animais como detentos,
Em grandes confinamentos
Criados pra serem abatidos.
De maneira tão desumana
Feitos por mentes insanas,
De Humanos embrutecidos.

Que bom seria,
Se só houvesse luz e beleza,
Que desse a nós a certeza
Que a paz é a doce vivencia.
Tudo na terra seria candura,
As almas seriam mais puras
Com uma vida sem violência.

Que bom seria.
Sem a nossa mesquinhez,
Sem nenhuma estupidez
Ao tratar nosso semelhante.
Os nossos irmãos menores,
Já provaram e são melhores
Que a nossa mente arrogante.

Pra que serve a inteligência,
Que só nos causa carência
Na vivencia do dia a dia
Fico pensando desolado,
Dizendo a mim mesmo calado,
Que bom seria, que bom seria.

Paulo Luiz Mendonça.