SAIU O QUADRO LEGAL PARA A INSTALAÇÃO E EXPLORAÇÃO DA AQUICULTURA NOS AÇORES
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Porque contribui para a proteção de recursos marinhos, defende a biodiversidade local, promove a criação de riqueza e só consente explorações assentes numa base de sustentabilidade, sem degradação ambiental, concordamos com o Diploma. Atentemos, no entanto, se as práticas, corresponderão ao teor do preâmbulo, do Decreto Legislativo Regional n.º 22/2011/A, e se assim for, consideramos ser uma atividade de diversificação económica a implementar em Santa Maria, a incentivar pela APIA, como outrora já foi defendido, no âmbito de um encontro para o desenvolvimento económico da ilha, promovido pela Câmara Municipal, então presidida por Alberto Costa.
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Tivemos conhecimento que, já nessa altura (e já vão uns anos), houve um investidor, que quis implementar a aquacultura em Santa Maria. Infelizmente, não obstante os esforço das entidades locais, tudo foi feito para que se dificultasse o investimento, tendo o investidor, ido investir para outro sítio. Com atitudes destas, o dito "desenvolvimento harmónico da Região", se transfroma num desiderato vão, que se esfuma nas palavras. Esperemos que a "política de coesão", não volte a permitir esse exemplo de "descriminação negativa" para com Santa Maria, e que investimentos na área aludida e noutras já anunciadas (campo de golfe, hotel charme, centro de mergulho...) e a cativar no futuro, sejam uma realidade na nossa ilha, a fim de revitalizar o seu tecido económico e evitar a desertificação crescente.
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Tivemos conhecimento que, já nessa altura (e já vão uns anos), houve um investidor, que quis implementar a aquacultura em Santa Maria. Infelizmente, não obstante os esforço das entidades locais, tudo foi feito para que se dificultasse o investimento, tendo o investidor, ido investir para outro sítio. Com atitudes destas, o dito "desenvolvimento harmónico da Região", se transfroma num desiderato vão, que se esfuma nas palavras. Esperemos que a "política de coesão", não volte a permitir esse exemplo de "descriminação negativa" para com Santa Maria, e que investimentos na área aludida e noutras já anunciadas (campo de golfe, hotel charme, centro de mergulho...) e a cativar no futuro, sejam uma realidade na nossa ilha, a fim de revitalizar o seu tecido económico e evitar a desertificação crescente.
Preâmbulo do DLR n.º 22/2011/A, de 4/07/2001
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Da certeza infundada, nas décadas passadas, de que os recursos pesqueiros não se esgotavam, tomou–se consciência, no presente, que embora sendo renováveis podem diminuir drasticamente se estiverem sujeitos a uma exploração intensiva e que a aquicultura poderá ajudar a dar resposta à crescente procura de consumo de espécies haliêuticas, complementando a actividade da pesca com produtos do mar, que sejam típicos das águas açorianas, de forma a potenciar e diversificar uma economia marítima sustentável que traga mais riqueza para a Região.
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A fileira da aquicultura pode também contribuir para a criação de novos nichos de mercado de produtos aquícolas, proporcionando oportunidades de desenvolvimento social e de emprego e ao mesmo tempo incrementar a produtividade regional, sem aumentar a pressão extractiva sobre os recursos pesqueiros. No entanto, as características biológicas das águas dos Açores aconselham a implementação de um regime que tenha em conta as suas especificidades, tanto na instalação como na exploração das unidades de produção de aquicultura na Região. Por isso, a estratégia para o desenvolvimento sustentável da aquicultura deve assentar numa actividade que ofereça produtos de qualidade, em quantidades limitadas e sem degradar o ambiente dos Açores.
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Assim, com o presente diploma, pretende-se definir procedimentos quanto à instalação, à exploração e à transmissão de estabelecimentos de culturas aquícolas e conexos, tanto no território terrestre como no território marítimo dos Açores, visando a criação de condições que permitam um desenvolvimento sustentável da aquicultura de espécies de água salgada, salobra ou doce, que seja adequado às condições naturais existentes na Região.
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Consultar documento completo em:
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http://dre.pt/pdf1sdip/2011/07/12600/0391003925.pdf
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Consultar documento completo em:
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http://dre.pt/pdf1sdip/2011/07/12600/0391003925.pdf
5 comentários:
A unica via para a sustentabilidade, resume-se em muito menor consumo. Disto nao nos podemos esquecer.
Mas a mim parece-me, que a unica forma de sustentabilidade presente no modelo economico, e a riqueza monetaria...e quanto a isso, nao ha sustentabilidade a nivel dos ecossistemas.
Num mundo em que o exclusivo objectivo, e o crescimento económico, e que esse crescimento implica usar quatro vezes mais os recursos ambientais que temos disponíveis que na escala de tempo exigido, nao tem como se recompor (recursos esses que são finitos), que se traduz na abundância e desperdício de uns e grande miséria e morte de muitos, em que políticos e governantes se corrompem por interesses económicos particulares, para além de tantas outras coisas negativas, nao consigo acreditar que uma empresa que defenda a sustentabilidade seja assim tao viavel, pois tera que ter sempre preços competitivos com modos de produçao mais baratos e por isso menos sutentaveis.
Enquanto prevalecer este espirito no sistema economico, nao ha maneira de se criar a verdadeira riqueza.
E a unica maneira de quebrar esta engrenagem, e com a educaçao e participaçao das pessoas e elas quererem nao cooperar com isto, consumindo so o que e essencial, ate na alimentaçao.
Desculpem-me, estou com problemas de acentos no teclado.
Olá Ana Teresa
Mais uma vez, muito obrigado pela sua atenção ao escrito e, fundamentalmente pelo claravidente e pertinente comentário, que merece reflexão e ações em conformidade para as "reviravosltas" político-económicas e socio-ambientais necessárias, à satisfação da população hodierna, sem fazer perigar as necessidades das gerações futuras, sob as quais paira um grande "cinzentismo", a manter-se este estado de coisas.
Bja
José Melo
Penso que a questão da aquicultura terá ainda muitos anos de debate e análise.
A questão da senhora Ana Teresa é bastante pertinente, sobre a sustentabilidade, mas que pode também ser posta em cima da mesa de uma maneira mais fria e crua, como explicado na edição de Janeiro de 2011 da revista National Geographics: Será que nós, como população, podemos crescer mais? Será apenas a questão da sustentabilidade monetária e consumista, ou estaremos a ao mesmo tempo a chegar a outro nível, da própria sobrevivência, com os incríveis Sete Mil Milhões de pessoas a viver na Terra?
No essencial, o caminho está na sustentabilidade dos recursos, melhor distribuídos e que causem pouco impacto na Natureza.
Quanto à aquicultura em Santa Maria, seria de facto uma mais valia para a nossa ilha: criaria alguns empregos e dinamizaria a economia local (e regional, mais tarde !?).
Mas como mostra este simples e pequeno video ( http://vimeo.com/24217567 ), será sempre algo que deverá assentar na sustentabilidade, senão qual será o seu propósito final? Como disse a senhora Ana Teresa, o dinheiro.
Mas para isso, teremos efectivamente de esperar pelo que se vai passar nos próximos anos e aprender com o que se passa por outros cantos.
Olá Caro jovem mariense (Ruizin:)
Muito obrigado pela atenção da leitura e muito mais pelo excelente comentário, assim como as sugestões de leitura e de vídeo que deixaste, que dão contributo excelente ao aprofundamanto de conhecimento e mote para alargamento da discussão/reflexão sobre a temática em causa.
Jovens marienses com essas visões rasgatas de sustentabilidade, nos orgulham, e fazem acreditar no futuro.
Parabéns e bosa férias, de preferência por cá:))
José Melo
O problema principal, apesar de parecer, nao e propriamente a populaçao, mas sim, a maneira como o sistema capitalista funciona.
Por causa deste sistema, que so sobrevive (mal, pelos vistos) graças a um incentivo de sempre maior consumo, tiramos/saqueamos os recursos da terra e geramos muito desperdicio em todos os sectores.
Eu diria que nao precisamos consumir a quantidade que actualmente consumimos de alimentos para termos uma otima saude. Mas este sistema, diz o contrario, vai se saber porque, nao e verdade???
Por outro lado, tb se consomem muitos alimentos que apenas servem a nossa gula e que ainda por cima, so fazem mal a saude. Consumimos muito e mal.
Deixo aqui um exemplo deste desperdicio:
http://www.youtube.com/watch?v=JCojaGk6gXw
Deixo tb um exemplo de tamanha falta de coerencia na maneira como utilizamos recursos para a alimentaçao:
-a area necessaria para 100 Kg de carne pode produzir 18 toneladas de batatas
-1 acre (cerca de 4050m2) para a produçao de legumes, produz cerca de 10 vezes mais proteina do que se fosse para a criaçao animal
-a incongruencia maior e que para se "produzir" 1 kg de carne sao gastos cerca de 15 000 litros de agua, 37 kg de comida (para nao falar da poluiçao desta exploraçao). Esses 37 kg de comida para o gado exige ainda mais terreno para alem daquele que e necessario para o gado estar.
Enfim, e um mundo de grandes mentiras...e tudo para se ter que continuar com um sistema que anda a rebentar pelas costuras em todo o mundo.
Desculpem a falta de acentos, mas estou com um problema no teclado.
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