PARTICIPAÇÃO NA FEIRA DE ADOÇÃO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

EXEMPLO A SEGUIR EM STA MARIA E UM ALERTA IMPORTANTE 
À CÂMARA MUNICIPAL, AO SEPNA E À SOCIEDADE

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O "Mel" - cão que apresentámos, sendo doce como seu nome.

No passado dia 23 de Julho, a APA (Associação Açoriana de Proteção de Animais), realizou em Ponta Delgada, mais uma Feira de Adoção de Animais de Estimação, que foram alvo do ato cruel de abandono, pelos seus anteriores donos. 

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Foram muitos os animais levados pelos voluntários da APA ao Parque Atlântico, lavadinhos e bem tratados a fim de persuadirem as pessoas a acolherem-nos como amigos, proporcionando-lhes o bem-estar que eles merecem, e superando a irresponsabilidade de cidadãos que envergonham uma sociedade que se quer civilizada. 

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Foi com muto gosto e entusiasmo que colaborámos nessa ação cívica exemplar, apresentando alguns animais e tentanto peruadir as pessoas a fazerem a sua adoção. 

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A experiência e o convívio com companheiros(as) que nutrem esta nobre causa do bem-estar e dignidade animal foi maravilhosa, tendo vários animais sido adotados, para satisfação de todos. 

Este é um exemplo de projeto que, a par de uma campanha de controlo de reprodução, defendemos para Santa Maria, a partir dos animais que forem alojados no novo Centro de Recolha de Animais do Município, como já propusemos à Càmara Municipal de Vila do Porto, disponibilizando-nos para colaborar, na sua organização.
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   Outra acção concomitante com a Feira da Adopção de Animais, foi a campanha de doação de alimentos (rações), tendo-se conseguido algumas dezenas de sacos, o que mostra a elevação cívica crescente e sensibilidade da população micaelense para com os animais vítimas de abandono, o que esperemos também aconteça em ações semelhantes que também propomos para Santa Maria. 
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   Para além deste excelente exemplo da APA, como aludimos acima no título deste escrito, queremos deixar aqui um alerta muito  importante, na sequência do que nos partiharam alguns “colegas” desta ONGA, e de algumas conversas chocantes que já temos ouvido em Santa Maria. -

Referimo-nos concretamente à deturpação que alguns cidadãos têm sobre o porquê da existência, funções e competências das associações de defesa do bem-estar animal e de um Centro de Recolha Municipal, que os tomam como se fossem “vias instituidas”, para se substituirem às suas exigíveis condutas cívicas e de responsabilidade legais para com os seus animais, dando-lhes "descanso e descargo de consciência" para os descartar na rua, quando são velhos; quando crescem; quando querem mudar para outra raça de animal, como se animal fosse uma coisa da moda, ou quando vão de férias.  
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ESTE É UM ERRO TREMENDO QUE TEM QUE SER ESCLARECIDO E VEEMENTEMENTE COMBATIDO, PELAS ONGAS, PELAS CÂMARAS MUNICIPAIS, PELO SEPNA E SOCIEDADE.

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Uma associação de proteção dos animais e um Centro de Recola Municipal, são e devem ser entendidos como “recursos” SOS ou de emergência, para atenuação de irresponsabilidades de cidadãos (maus cidadãos) irresponsáveis e incumpridores dos seus deveres cívicos para com os animais, que os abandonam ou maltratam, à revelia da lei e do respeito pela vida. --
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O CENTRO DE RECOLHA MUNICPAL NAÕ É ESPAÇO NEM ALIBI PARA "DESCARTAR ANIMAIS", NEM UM SERVIÇO PARA DESCURAR AS RESPONSABILIDADES DOS CIDADÃOS EM TERMOS DE CIVILIDADE E DE CUMPRIMENTOS LEGAIS PARA COM O BEM-ESTAR DOS CÃES E/OU GATOS DE QUE SÃO DETENTORES.
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UM CENTRO DE RECOLHA MUNICIPAL REPLETO DE ANIMAIS E A NECESSIDADE DO  ATIVISMO MUITO VIGOROSO DE ASSOCIAÇÕES DE DEFESA ANIMAL, SÃO REFLEXO TAXATIVO DE QUE ESTÃO NUMA COMUNIDADE, AINDA POUCO CIVILIZADA, DESRESPEITADORA DOS ANIMAIS E DOS VALORES INTRÍNSECOS DA VIDA, AO TOMÁ-LOS  COMO COISAS, MERCADORIAS E OBJETOS DE DIVERSÃO, MOSTRANDO-SE INSENSÍVEIS AO SEU SOFRIMENTO E MAU-ESTAR, COMO ACONTECE COM OS CRUÉIS ABANDONOS, TORTURANTES TOURADAS E OUTRAS ATROCIDADES NÃO ACEITÁVEIS À LUZ DE UMA SOCIEDADE MODERNA. 
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Portanto, relatos como os que ouvimos de colegas da APA, de que “Animais são despejados na Associação e mesmo à porta de alguns associados”, (o que também já conteceu comigo, com a Senhora Teresinha e a Ana Loura); expressões que ouvimos da parte do responsável pela recolha animal da CMVP, de que “Agora com a construção do canil, já posso deixar o animal lá quando quiser (...)” e a arrepiante conversa que ouvimos de que “Com o Centro de Recolha Municipal, agora já poderei lá entregar os meus cães quando forem velhos”, são deveras inaceitáveis, deturpadora da verdadeira essência e funções daqueles  serviços/entidades e muito revelador de uma grande falta de sensibilidade e de responsabilidade cívica. 
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QUEREMOS UM CENTRO DE RECOLHA MUNICIPAL DE QUALIDADE GERIDO POR UM REGULAMENTO DE REFERÊNCIA NO RESPEITO ANIMAL, MAS TEMOS QUE FAZER, CONCOMITANTEMENTE, UMA GRANDE CAMPANHA POR UMA CIDADANIA RESPONSÁVEL, ESFORÇO DE MAIOR CONTROLE E EFICÁCIA NO REGISTO DE ANIMAIS POR PARTE DAS JUNTAS DE FREGUESIA E DE REFORÇADA FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES LEGAIS DOS CIDADÃOS, POR PARTE DAS AUTORIDADES RESPONSÁVEIS PELA SUA OBSERVÂNCIA. 
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“O grandeza e o grau de civilidade de uma comunidade ou de um povo podem ser avaliados pela forma como trata os seus animais”.

Mahatma Gandhi (Adaptado) 

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* José Andrade Melo

 CADEP-CN e Grupo pelo Bem-Estar Animal dos