PRODUTOS ONDE “VIMOS E SENTIMOS SANTA MARIA”
-Numa visita atenta ao espaço, observámos diversas “expressões artesanais”, tendo essa diversidade nos impelido a pesquisar sobre a definição de “artesanato”.
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Pelas consultas, constatámos que a definição de artesanato não é um conceito padronizado e rígido, podendo encontrar-se diversas definições, com pequenas variações conceituais, e englobamento de correntes, tais como: “Artesanato Cultural”, “Artesanato Contemporâneo” e mais recentemente apareceu a vertente do “Artesanato Urbano”.
Pelas consultas, constatámos que a definição de artesanato não é um conceito padronizado e rígido, podendo encontrar-se diversas definições, com pequenas variações conceituais, e englobamento de correntes, tais como: “Artesanato Cultural”, “Artesanato Contemporâneo” e mais recentemente apareceu a vertente do “Artesanato Urbano”.
Tal diferenciação, no nosso ponto de vista, não significa que se conotem as correntes aludidas com artesanato de primeira ou de segunda, não obstante as preferências por uma ou outra (e temos a nossa) e as funções de representação e divulgação da cultura e do património locais, que umas veiculam e outras não.
Não obstante a beleza e enorme riqueza criativa, os produtos das duas últimas correntes mencionadas afastam-se da função original e histórica da atividade artesanal, estabelecida na relação entre “artesanato, meio local e cultura popular”, estando praticamente despejadas do nobre e importante valor, como veículo de representação, valorização e de promoção do património histórico e natural de uma terra, assim como da expressão das suas vivências ancestrais do seu povo.
Do cruzamento das várias pesquisas que efetuámos sobre “artesanato como expressão cultural”, vincamos, ainda, como resumo, que se trata de um trabalho predominantemente manual, exercido no âmbito doméstico ou em pequena oficina, característico de certa região ou cultura local, de aparência rústica, de aspecto artístico, associado à utilidade ou à decoração e não produzido em série.
Como corroboração, a especialista em arte Sandra Ramalho de Oliveira, no seu livro intitulado “A Imagem também se lê”, caracteriza o artesanato vernáculo desta forma:
“…é personalizado e agrega o valor da ação da mão e da mente do homem, à imagem e cultura do meio onde vive”.
Em conversa que tivemos com as artesãs Ainda Bairos, Jesuína Ricardo e Isabel Furtado, entristeceu-nos de sobremaneira o fato destas “agentes da cultura de Santa Maria”, não terem ao seu lado quaisquer jovens aprendizes, no sentido de perpetuarem as suas obras.
Deixamos aqui um alerta/sugestão às entidades responsáveis, para que estas artesãs vernáculas e a Cooperativa de Santo Espírito sejam contatadas para que jovens estudantes, no âmbito do PROFIJ, desempregados e usofruidores do RSI, sejam direcionados para a aprendizagem das artes tradicionais que elas executam, a bem das suas formações pessoais e sociais, de Santa Maria e da sua cultura tradicional e identitária.
Há que criar estímulo para que novos aprendizes apareçam e criar condições estimulantes, que também sejam representativas, divulgadoras e perpetuadoras da nossa cultura, como a revitalização de uma oficina de olaria e do tão necessário e prometido Centro de Artesanato, em Vila do Porto.
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BEM HAJA A TODOS OS ARTESÃOS MARIENSES PELA SUA DEDICAÇÃO E SERVIÇO ÀS CULTURA DE SANTA MARIA!
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