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21 de agosto de 2011

MARÉ DE AGOSTO CADA VEZ MAIS ABRANGENTE

PARA ALÉM DA EXCELÊNCIA DA MÚSICA APRECIÁMOS AS ATIVIDADES TURÍSTICO-ECOLÓGICAS E DE "DESPORTO-AVENTURA" 
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Mas mais se pode fazer...
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No campo musical, mais uma vez o já histórico Festival Maré de Agosto, foi igual a si próprio no apanágio da excelência da música, pautada pela versatilidade de sons e veriedade dos estilos e das proveniências dos grupos, proporcionador de uma interculturalidade de sonoridades e de pessoas, que veicula um espírito singular de tolerância e de convivialidade, "abençoado" pelo prodígio natural da Praia Formosa. 
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Não obstante a grande apreciação, mas não sendo a música a nossa especialidade, nem a centralidade da nossa ação cívica, que incide na ecologia, defesa patrimonial e fruição sustentável da natureza, aqui relevamos de sobremaneira a inclusão destes componentes no programa do Festival Maré de Agosto, como a fruição de trilhos e o acrescento do Downhill, este ano. 
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Foi com muito gosto que participámos no Percurso de Interpretação Ambiental, concebido pelo CADEP-CN em 2000, que é sem dúvida o “1º Trilho dos Fósseis de Santa Maria”, contendo além dessa singular riqueza palentológica, outros elementos geológicos e geomorfológicos únicos nos Açores, acrescido de  paisagens soberbas sobre o litoral do Figueiral, Praínha e Praia Formosa. Os cerca de trinta caminhantes, maioritariamente jovens não residentes na ilha, deliciaram-se com a observação/fruição destes “tesouros de Santa Maria”, bem explicados na sua génese e valia eco-patrimonial pelo Vigilante da Natureza do PNI, Nelson Moura. (Ler notícia de uma outra fruição e o historial do trilho AQUI )  

“Descobriram” estes pedestrianistas e os já cerca de duzentos que acompanhámos este ano pelos recantos de Santa Maria, que esta ilha tem muito mais para oferecer do que "sol e praia", sendo esta oferta, sem dúvida, o culminar perfeito de um dia, após uma caminhada ou passeio de fruição do  património natural e cultural da nossa ilha, quer por terra ou por mar.

O percurso de BTT, que a Maré de Agosto, estendeu este ano ao seu programa, também merece um vivo enaltecimento, pela espetacularidade, ocupação salutar dos jovens e pela promoção que fez da prática que, pela aventura e relação estreita com a natureza que detem,  defendemos como uma das atividades de “Turismo Alternativo”, em Santa Maria. (Ler o texto “Ecoturismo ou Turismo Alternativo – A Aposta Certa em Santa Maria, clicando AQUI )  

Inspirados na ideia de dois amigos de S.Miguel trazerem para o ano as suas canoas, para fazermos o percurso diário entre Vila do Porto - Praia Formosa (ida e volta), preterindo as viagens de carro, deixámos a sugestão para que a Organização contemple, na próxima edição, uma iniciativa destas, de caris alargado, envolvendo, naturalmente, o Clube Naval da Ilha e até, outras entidades similares de S.Miguel. É uma  atividade ecológica (não barulhenta nem  poluidora), promotora da saúde e de contato íntimo com o mar,  que muito colorido e atratividade dariam à Praia Formosa, "Palco Natural da Maré de Agosto".

Em termos de comportamentos ambientalmente corretos por parte dos fruidores da Maré de Agosto, nos deixa pena a, ainda, grande quantidade de garrafas, copos, guardanapos, latas e plásticos que visionámos, no final de cada dia de festa, em cima dos muros, na estrada,  na praia e nos espaços de refeições. Também, quando passeávamos à noite, junto ao mar, ainda avistámos alguns “urinadores” de praia, que optam por esta maldade ao ambiente e à saúde pública,  ao invés de, civilizadamente, utilizaresm as casas de banho dispobibilizadas. 

Estas são situações lamentáveis, que não obstante os esforços da organização, acrescidos do reforço da disponibilização de recipientes para o lixo, é uma questão, fundamentelmente de educação (falta dela) e de (in)civilidade, que deverá continuar a ser trabalhada, no sentido de uma mudança atitudinal.

Apraz-nos a iniciativa de estimular à recolha de copos de plástico, havendo o reforço positivo de um prémio, o que não sendo, só por si, a solução para os maus hábitos do seu depósito em locais indevidos, contribui para minimizar o problema. Mas, “Melhor do que limpar, é mesmo não sujar”, é a mensagem que deixamos sempre, todos os anos, quando limpamos o litoral da Praia Formosa e espaços adjacentes, esperando que também seja acolhida "no Espírito da Maré".

Não obstante algumas melhorias, há que continuar a trabalhar para se atenuar cada vez mais este problema do lixo no chão, criando-se outras estratégias e realizando-se campanhas bem incisivas, "no antes e durante Festival", com afixação de cartazes e anúncios sonoros frequentes, no palco e no local das barraquinhas, para que a Maré de Agosto  seja cada vez mais "verde" e apostada em tornar-se uma referência ecológica, neste tipo de eventos.

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