CAMPANHA SOS-CAGARRO COM MENOS CAGARROS RESGATADOS

CADEP-CN E AMIGOS DOS AÇORES FAZEM ALGUNS SALVAMENTOS, MAS OCORRÊNCIAS ESTÃO A SER MENORES ESTE ANO, EM SANTA MARIA

Na brigada noturna de ontem (sexta-feira), os Amigos dos Açores, Sta Maria e CADEP-CN recolheram só cinco cagarros, contando os registos globais da ilha à volta de 50, enquanto no ano  passado, nesta altura já perfaziam os 100.

O trabalho desenvolveu-se em três grupos, com três elementos cada um, tendo o Grupo-2 (João, Diogo e Patrícia) recolhido o 1º cagarro na Praia Formosa por volta das 20h 30m. (Ver vídeo AQUI)

Ainda na Praia Formosa o grupo da Mafalda, Mariana e Carlos recolheram um 2º cagarro.

Depois da saída da Praia, fizemos uma passagem por Malbusca, sem encontar nenhum cagarro e fomos então para a Maia. Aqui, em dois grupos, além da estrada central foram calcorreados vinhedos, balcões e pequenos caminhos durante duas horas, só se tendo encontrado um cagarro atrás de uma casa, paracendo-nos que não caiu nesse dia, atendendo à distância que se encontrava do foco de luz mais próximo.

Mais tarde, já sem os elementos mais novos, foi encontrado mais um cagarro na Terra Velha, Sta Bárbara e outro na estrada da Birmânia.

Sobre as poucas ocorrências observadas este ano em Sta Maria, na Maia estivemos à conversa com o Senhor Alfredo (um dos poucos residentes do local e colaborador da Campanha-sos-cagarro), tendo-nos dito que só tinha encontrado 2 aves até então, ao passo que no ano passado já contava com 14 cagarros recolhidos. Adiantou ainda que, no ano anterior, como as noites eram mais claras, via-os passar por cima dos postes de iluminação saídos dos ninhos da encosta por cima da sua casa, caindo muitos junto às luzes, o que não aconteceu este ano, talvez porque as noites foram mais escuras.

A redução da iluminação cénica nas baías, também poderá ter contribuído para menos quedas e colisões dos cagarros, entre outras possíveis razões, ainda não passíveis de apuramento com algum rigor.

Se a causa principal da redução de ocorrências em Santa Maria foi o sucesso do voo de partida das jovens aves, é sem dúvida motivo de satisfação, mas se foram causas de caris perurbador da normalidade da reprodução, aí já é caso para alguma apreensão e estudo,  embora sejam prematuros os cenários explicativos, face aos dados disponíveis.

O PNI e a Direção Regional dos Assuntos do mar, estão de posse da informação dessa "anormalidade" , já tendo havido algums comunicação connosco sobre o assunto, estando a angariar mais informações, para alicerce de uma conclusão.

De qualquer das formas, embora nos pareça que o pico dos primeiros voos já terá acontecido, algumas saídas ainda estão a ocorrer, podendo-se tirar mais algumas ilações e fazer outras análises, mais adiante.

O certo  é que, as batidas regulares nos locais mais passíveis de ocorrerem quedas por encadeamento dos cagarros juvenis, estão a acontecer à semelhança dos anos anteriores, sendo de realçar o esfoço e empenho das entidades oficiais e das associações e de vários particualres, para que nenhum cagarro que caia deixe de ser socorrido em Sta Maria.