Na sequência da eleição, pelo NATURMARIENSE, da Estrelinha-de-Santa Maria, como "AVE DO ANO 2012", tendo concordado com a argumentação de fundo que a subjaz, já se expressaram algumas dezenas de apoiantes e corroborantes através de e-mail e, nomeadamente, através do espaço "comentários" adstrito ao post que lançou a ideia.----------
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Num dos últimos comentários, apresentou o Senhor João Ferreira a seguinte e pertinente questão:
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- Que medidas para proteger a Estrelinha-de- Santa Maria?
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Embora não tenhamos especialidade ornitológica, deixando para os especialistas que o GRA "convocar", o anúncio concreto das "medidas específicas" a constar no Plano de conservação da Estrelinha SMA que solicitámos à SRAM, vamos adiantar já alguma resposta/informação ao Senhor Ferreira, tomando como base o nosso conhecimento de campo sobre a avezinha, alguns estudos efetuados e consulta de literatura sobre a temática.---
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Através de vizualizações de campo e corroboração na literatura disponível, constata-se que a Estelinha-de-Santa Maria, não obstante também aparecer em espaços de mata mista, tem clara preferência por manchas de floresta da laurissilva, ou seja contendo vegetação arbórea endémica dos açores, sendo aí também o seu lugar eleito para nidificação. Assim sendo, sem querer nem pretender esgotar outras medidas que os especialistas poderão englobar no plano de conservação que defendemos, decorre logicamente, diria mesmo "obrigatoriamente" que a salvaguarda da laurissilva e sua extensão através de plantações de vegetação endémica, nas áreas onde ela mais ocorre, nomeadamente o Pico Alto, deverá ser uma das medidas prioritárias.
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Através de vizualizações de campo e corroboração na literatura disponível, constata-se que a Estelinha-de-Santa Maria, não obstante também aparecer em espaços de mata mista, tem clara preferência por manchas de floresta da laurissilva, ou seja contendo vegetação arbórea endémica dos açores, sendo aí também o seu lugar eleito para nidificação. Assim sendo, sem querer nem pretender esgotar outras medidas que os especialistas poderão englobar no plano de conservação que defendemos, decorre logicamente, diria mesmo "obrigatoriamente" que a salvaguarda da laurissilva e sua extensão através de plantações de vegetação endémica, nas áreas onde ela mais ocorre, nomeadamente o Pico Alto, deverá ser uma das medidas prioritárias.
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Reforça, de forma alicerçada a medida acima exposta, o escrito do ICNB (Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade), afirmando que "a substituição em larga escala de áreas de floresta natural por zonas de pastagem e a rápida expansão de algumas espécies de plantas exóticas invasoras constituem as principais ameaças para a pequena população da Regulus regulus sanctae-mariae".
-Acrescenta adianta o ICNB, entidade que classifica a Estrelinha SMA, como estando "Criticamente em perigo de extinção", que "dentro das prioridades de conservação para esta espécie deverá incluir estudos de clarificação do estatuto taxonómico das populações de estrelinha, nomeadamente através da análise dos padrões biométricos, bioacústicos e de variabilidade genética."
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-Acrescenta adianta o ICNB, entidade que classifica a Estrelinha SMA, como estando "Criticamente em perigo de extinção", que "dentro das prioridades de conservação para esta espécie deverá incluir estudos de clarificação do estatuto taxonómico das populações de estrelinha, nomeadamente através da análise dos padrões biométricos, bioacústicos e de variabilidade genética."
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-As perturbações antrópicas, como veículos motorizados também poderão perturbar esta tímida ave, nomeadamente no lugar do Barreiro da Faneca, onde ocorrem alguns avistamentos nas matas mistas adjacentes, considerando nós que a "erradicação" daqueles elementos do espaço em causa, com o avanço de um caminho alternativo, poderão constituir também alguma adjuvância contributiva.
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Sobre medidas de conservação existentes e propostas recentemente apresentadas, podemos só adiantar que, não obstante os perigos reais de extinção, a Estrelinha SMA encontra-se, tão só, protegida por legislação nacional e internacional no âmbito das normas gerais de proteção das aves e dos seus habitats, não tendo, sido alvo, até então, de ações específicas de conservação. No entanto, organizações locais de ambiente, há vários anos, têm vindo a realizar ações de sensibilização sobre a avifauna que nidifica na ilha de Santa Maria, tendo em 28 de outubro de 2011, a representação local dos Amigos dos Açores, apresentado ao Senhor Secretário Regional do Ambiente e do Mar, a necessidade urgente de um plano de recuperação da ave, desiderato que foi aceite e aprovado em Reunião do Conselho de Governo, ocorrida no dia seguinte, em Vila do Porto.-
-Sobre a aceitação governamental da conservação da R.r sancta-mariae, reiteramos que, esse desiderato deverá arrancar já em 2012, sendo exigível um Projeto de Conservação/Recuperação, amadurecido e que se quer consequente, com base em estudos aturados no terreno, envolvendo, transversalmente, as áreas da ornitologia, biologia, botânica e até entomologia, que constituam, então, a base de um plano de ação com as "adequadas medidas específicas", as quais deverão ter acompanhamento e monitorização regulares.
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Não obstante as estratégias/orientações e alocação de recursos que a SRAM entender definir, para o arranque e desenvolvimento do projeto acima aludido, consideramos que o trabalho “Caracterização dos habitats propícios à conservação da Estrelinha de Santa Maria (Regulus regulus sanctaemariae)”, que um jovem mariense está a desenvolver sob a a orientação superior de um ornitólogo e um entomólogo de gabarito científico reconhecido, poderá constituir um proveitoso contributo a ter em conta.
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Esperamos ter contribuido para algum esclarecimento, ou pelo menos mais alguma informação adicional ao Senhor João Ferreira, aproveitando o ensejo para extendê-la aos seguidores e leitores do Naturmariense.
-Não obstante as estratégias/orientações e alocação de recursos que a SRAM entender definir, para o arranque e desenvolvimento do projeto acima aludido, consideramos que o trabalho “Caracterização dos habitats propícios à conservação da Estrelinha de Santa Maria (Regulus regulus sanctaemariae)”, que um jovem mariense está a desenvolver sob a a orientação superior de um ornitólogo e um entomólogo de gabarito científico reconhecido, poderá constituir um proveitoso contributo a ter em conta.
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Esperamos ter contribuido para algum esclarecimento, ou pelo menos mais alguma informação adicional ao Senhor João Ferreira, aproveitando o ensejo para extendê-la aos seguidores e leitores do Naturmariense.
Gratos pela participação, interesse e sensibilidade demostrada.
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* José Melo
CADEP-CN e Amigos dos Açores, Sta Maria
8 comentários:
Só gostaria de saber como preservá-la numa ação conjunta...?
Esta linda ave merece o rspeito dos marienses, como dos Açores, como de Portugal, como da União europeia, como das mais vistosas associações de proteção da natureza...O Greenpeace o saberá!
Caro Senhor João Ferreira
Antes de mais, o nossso gradecimento pelo seu vivo interesse e sensibilidade pela temática.
Sobre o seu comentário, nos apraz dizer que, precisamente esta ideia de considerar a Estrelinha SMA, como AVE DO ANO 2012,pretende, precisamente, em primeiro lugar, dar um destaque alargado a esta ave, que constitui património endémico de Santa Maria e dos Açores, e provocar uma chamada de atenção para o seu elevado risco de extinção, no fito de criar uma onda de apoio público crítico e "pressionário", para o avanço, já este ano, de medidas específicas de conservação da ave, conforme acedeu a SRAM, sob proposta dos Amigos dos Açores e CADEP-CN.
Por outro lado,como só se protege e se valoriza aquilo que verdadeiramente se conhece e reconhece valor, nas ações decorrentes desta eleição,no decorre de 2012, pretende-se, dar a conhecer com maior profundidade esta interessante ave, através do NATURMARIENSE, de blogues e sites colaboradores e da comunicação social.
Por outro lado a Estrelinha de Santa Maria, por ser uma sb-esécie endémica da terra, poderá ser rentabilizada, na nossa opinião, como uma "imagem de marca" de Santa Maria, um verdadeiro simbolo do património natural vivo da ilha, a figurar na sua promoção ecoturística externa.
Cumprimentos e agradecimentos
José Melo
As medidas aqui apontadas são importantes e lógicas, como diz o post em relação ao que já se conhece da nossa estrelinha, podendo as mesmas contribuir e se também uma ajuda para melhorar a paisagem do Pico Alto, que está invadida por jacintos e areias que estão a matar as plantas primitivas.
Resta saber é quando o governo vai começar trabalhar no plano de proteção que prometeu aos Amigos dos Açores, e é bom que comece antes que seja tarde de mais.
Apoio a iniciativa e concordo com o aproveitar da nossa estrelinha na promoção da ilha.
Ofereço o meu total apoio e vou arranjar mais nomes.
Bjs Rita
Meu apoio total.
Gostei da explicação dada oo Senhor João Ferreira. Muito esclarecedor, e também cncordo com a ideia da esterlinha ser uma imagem de marca da ilha, e porque não usá-la nos sites de divulgação turística, exposições e sites da câmara e dos seviços ambientais?
Concordo.
Bm trabalho deste excelente blogue.
Subscrevo, integralmente, a preocupação e as propostas. Contem comigo, naquilo em que puder ser útil.
Zuraida Soares
Subscrevo, integralmente, a preocupação e as propostas. Contem comigo, naquilo em que puder ser útil.
Zuraida Soares
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