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28 de julho de 2012

DIRETOR REGIONAL DO AMBIENTE ALERTA PARA A INTENSIFICAÇÃO DA EROSÃO COSTEIRA NOS AÇORES

DECLARAÇÃO QUE VEM AO ENCONTRO DE PREOCUPAÇÕES ANTIGAS DOS AMIGOS DO AÇORES E QUE DEVERIA SER CONSEQUENTE NO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO 
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Diretor Regional do Ambiente afirmou sexta-feira à noite, na ilha do Faial, que os Açores têm assistido, nos últimos anos, a “uma intensificação da erosão costeira”, em consequência das “tempestades marítimas que são mais frequentes e com um poder destrutivo cada vez maior”. 
Foto: GACS
“Este é um dos vários exemplos das consequências das alterações climáticas, que frequentemente se manifestam por todo o globo”, disse João Bettencourt ao participar na conferência Alterações climáticas, o que esperar nos Açores, que decorreu no Jardim Botânico do Faial no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Conservação da Natureza. 
Este alerta,  vem de encontro às preocupações expressas  pelos Amigos dos Açores (AA), há mais de dez anos, vindo o mesmo reforçar e dar razão  às posições tomadas por aquela associação, aquando das discussões e sua participação, como membro efetivo no da Comissão Mista de Coordenação (CMC) do POOC (Plano de Odenamento da Orla Costeira) de Santa Maria. 





Aqui fica o extrato de um parecer dos A.Açores, , sobre um documento da  Fase III do POOC-SMA, apresentado em setembro de 2007, e discutido na CMC e com a equipa técnica:   
“Globalmente, consideramos ser um documento, tão só, como proposta de discussão em grosso, e, ainda longe de ser a feição final com que se perfila, pois, ainda há várias situações a delapidar, a explicitar com maior clareza, sem escamotear a necessidade de inscrever com maior arreganho a perseguição de um dos objectivos fulcrais dos POOC e do Projecto LITOSOST que é “a pretensão de alcançar uma gestão do ordenamento litoral que vise a diminuição da pressão urbana e infra-estrutural no litoral, tendo em conta as questões de risco, a salvaguarda paisagística e a sua regeneração, recuperação e acondicionamento para o uso e fruição pública”. 
No que concerne à diminuição da pressão urbana do litoral, esta proposta final do Plano se apresenta demasiado temerária na Zona A, expressando-se com nítida subserviência em relação às áreas urbanas inscritas no PDM vigente, não fazendo valer convenientemente, como seria de esperar, a natureza especial do POOC e a sua hierarquia sobre os outros IGT´s. 
Reforçamos que, nesta Zona A - Terrestre, que dá novo rosto à dita “Faixa Litoral Tampão”, que sempre defendemos desde o início do processo, seja liberta de novas edificações particulares, devendo ser tomada como um “espaço liberto/defensivo”, que tenha em conta o cenário de maior agressividade do mar e erosão, pela sobre-elevação das águas do mar, advenientes das alterações climáticas, como prevê o PNPOT. Estranhamos e consideramos displicente que tal cenário (infelizmente real), e pró-actividade correspondente, não sejam mencionados e constantes, nesta Proposta de Plano.”
Erosão e densidade habitacional
 devem ser consideradas nos IGT's do litoral
   Voltando às declarações/alertas recentes do Senhor Diretor Regional do Ambiente, consideramo-las muito pertinentes,  ajustadas e sobretudo responsáveis. No entanto, consideramos que pecam pela insuficiência de não acrescentarem a exigência de que a situação grave a que alude, seja tomada obrigatoriamante, em conta, como “dado técnico-científico”, no ordenamento do território das ilhas, nomeadamente nos novos IGT (Intrumentos de Gestão Territorial),  na revisão dos existentes e, já de imediato, naqueles que estão em processo, como os Planos de de Pormenor da Praia Formosa e Anjos, cujas propostas apresentadas deveriam ser repensadas em termos da densidade urbanística, vias de circulação e estacionamentos. 
* José Andrade Melo
   CADEP-CN e A.Açores, Sta Maria
  Fonte consultada: GACS

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