A CRUELDADE DO
ABANDONO DE ANIMAIS REPETIU-SE ESTA SEMANA
Está chegada à hora da “tolerância zero”, da obrigação cívica das denúncias
e das punições firmes!
Ontem, quando fomos fazer voluntariado no CAMAC de Vila do porto, soubemos
que 5 cães de caça foram encontrados abandonados junto às antigas oficinas da Câmara
Municipal, amarrados às grades da vedação. Esta crueldade, que desrespeita e atenta
contra a vida dos animais e envergonha Santa Maria e o seu povo, terá que ter
“tolerância zero”, por parte das autoridades, e na apresentação de denúncias
por parte dos cidadãos responsáveis da nossa ilha.
Os animais, depois de recolhidos, foram levados para o CAMAC (Centro de
Acolhimento Municipal de Animais de Companhia), tendo, posteriormente, sido
chamado o veterinário para ver o estado de saúde deles e verificar se tinham chip, para identificar os donos. Os
animais não estavam identificados nem registados, pelo que não se poderá punir
esse grave ato, se não houver provas testemunhais de quem eram os cães.
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Felizmente, que numa reunião tida com o Senhor Presidente e Vice-Presidente
da Câmara, há dois adias, foi aceite a proposta do CADEP-CN, em
fazer-se uma reunião com todas as partes responsáveis pela “Questão animal” em Santa Maria
(Autarquias, SEPNA da GNR, Direção de Veterinária - representada pelos Serviços
Agrários - e Associação de Proteção Animal), no sentido de se consentar
estratégias, balizadas pela lei e nos respeito dos animais, para captura dos cães errantes; fazer-se um
combate forte ao abandono de animais; partir-se para a realização de campanhas
de identificação e registo massivo dos
caninos da ilha e de esterilizações, a fim de se fazer cumprir a lei das
identificações e um controlo populacional eficaz.
Nesse urgente e obrigatório desiderato, todos em sinergia e cada parte,
individualmente, terão de cumprir as
suas competência legislativas, para se resolver este grave problema dos crueis
abandonos em Santa Maria ,
cuja impunidade passa muito pelo incumprimento dos registos obrigatórios dos
animais.
Quem não pode ter animais, porque não dispõe das condições financeiras e
logísticas para lhes proporcionar uma boa qualidade de vida, e cumprir os
preceituados legislativos obrigatórios para serem dententores, que tenha a
responsabilidade cívica, a honestidade e
o “humanismo” de os não ter. Por outro lado, se já tem, um ou mais animais, e não
pode nem quer aumentar essa quantidade, que tenha a responsabilidade de
esterilizar as cadelinhas, para não criar sofrimento às crias indesejadas, nem
provocar problemas socias, de insegurança, prejuizos a terceiros, de saúde
pública e de má imagem da ilha, na consequência dos abandonos.
Repetimos que é para essa gente irresponsável e sem escrúpulos, que deverão
ser cerradas fileiras de hostilidade e de “raivas” e não para os pobres
animais, que são vítimas das suas crueldades e irresponsabilidades, e que, na
maior parte dos casos, acabam por aí a levar pontapés de uns e de outros e
acabam setenciados de morte.
Reitero que sou adepto da pedagogia e da sensibilização, e essa tem sido a
atuação dirária do CADEP-CN, junto dos jovens e da comunidade, mas para certo tipo de gente, como a que
abandonou estes cinco animais, é preciso “doer para aprender”, com tolerância
zero.
Aqui fazemos novamente um apelo a todos os marienses de bem e com
responsabilização cívica:
- Coloquem o chip de
identificação e façam o registo obrigatório dos seus animais nas juntas de
freguesia;
- Façam a esterilização das suas cadelinhas;
- Denunciem ao SEPNA da GNR ou comuniquem ao CADEP-CN situações de
maus-tratos ou abandono de animais por parte de vizinhos ou outros (canis muito
cheios, agressões, falta e alimentação e/ou água, etc).
O seu anonimato será
garantido!
Muitas pessoas se dizem amigas dos animais e criticam com indignação estas
situações abomináveis e criminosas que aqui reportamos, mas não bastam
palavras; são necessárias atitudes concretas, pois quem sabe das situações e
não denuncia está a ser conivente.
Já dizia Luther King:
“O que é mais me preocupa não é a
crueldade dos maus, pois desses mais não se espera, mas sim o silêncio dos
bons, de quem a verdade e a justiça são esperadas”
José Melo
CADEP-CN*
(* Clube dos Amigos e Defensores
do Património-Cultural e Natural)
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