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15 de outubro de 2013

ANIMAIS DEVERIAM SER CONSIDERADOS COMO PESSOAS- DEFENDE ESPECIALISTA UNIVERSITÁRIA

Considerar os animais como “pessoas não humanas” pode ser um caminho pra torná-los sujeitos de direitos legais, isso mudaria o espectro de proteção de todos os princípios que fundamentam o bem-estar animal e nos obrigaria a estabelecer uma série de trabalhos jurídicos e institucionais que protegem o desenvolvimento adequado de outras espécies diferentes da nossa mas iguais em necessidades e em termos jurídicos de proteção, afirmou a especialista da Universidade Michoacana de San Nicolás de Hi dalgo (UMSNH), Rosa María de La Torre Torres, na sua participação no colóquio “Animais em mente. Escutar, entender, responder”. 
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De acordo com o comunicado à imprensa, na sua reflexão dentro do último painel titulado “Animais não humanos. Suas formas de existência, reconhecimento de normas e leis para seu uso e proteção”,  disse que existem opções variáveis nos trabalhos jurídicos institucionais para proteger os animais como a inclusão ao código penal, que pretende ter uma função sancionadora e preventiva, quer dizer, que não se pensa incorporá-lo como um delito que criminalize a conduta dos humanos sem que a tipifique em seu caso proporcional a atenção necessária. 

Destacou que, na maioria dos casos a pergunta “os animais são pessoas?” obtém respostas negativas. Na prática jurídica, pode existir pessoas não humanas como pessoas jurídicas ou pessoas morais, instituições dotadas de direito e obrigações, que são ficções criadas pelo Direito mas que servem para harmonizarmos de alguma ou outra maneira e que são representadas por uma pessoa ou grupo de pessoas. “O direito se encontra nesta polémica e deve dar uma solução; cada vez somos mais intolerantes a crueldade humana em todas as suas expressões, incluindo a crueldade na violência aos animais”, enfatizou. 

O doutor da Universidade Autônoma de Querétaro (UAQ), Salvador Arellano, considerou que muita da exploração e não reconhecimento de outras formas de vida obedece a uma ideia sacralizada por parte do ser humano, porém, podemos encontrar que os elementos que nos constituem como seres humanos são invenções como a racionalidade que nos caracteriza; sendo assim, devemos reconhecer que os seres não humanos também carecem de essência e merecem nosso respeito e humildade pois somos seres finitos e falíveis e que buscamos ter uma existência feliz. 

Depois desta reflexão neste espaço que convidou ativistas, pesquisadores e o público em geral a encontrar uma saída para o reconhecimento daqueles que ainda que não humanos são iguais a nós em dignidade e que merecem que o Direito através de suas formas os reconheça, os professores concluíram que vivemos em uma sociedade permeada de princípios e convicções, e que apesar de sermos seres normativos seria arriscado pensar em somente normas do tipo judicial, e que é importante trabalhar em todos os tipos de normas como as religiosas, técnicas, éticas e jurídicas para conseguir um avanço verdadeiro sobre o tema.   

Por Solange Peretti (da Redação)
15 de outubro de 2013 às 6:01

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