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8 de abril de 2014

BEM-ESTAR ANIMAL NO ASAS DO ATLÂNTICO

APELOS À CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DO PORTO
E COMBATE AOS ABANDONOS
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 No passado dia 5 de abril o programa “Ritmos de Informação” dos Asas do Atlântico, foi dedicado ao Bem-estar animal em Santa Maria, assentando a pertinência e a atualidade da temática no factos de o dia 4, ter sido o “Dia Mundial dos Animais Abandonados” e abril ser o “Mês da            Prevenção Contra a Crueldade Animal”.

No programa participaram pessoas que dão a cara e a voz por quem não se pode defender por si próprio, e que sofrem e sentem como gente, sendo um dever de ética humana e de cristãos defendê-los contra a cueldade dos abandonos, dos maus-tratos e promover o seu bem-estar, dentro de fora do CAMAC.

 Começamos por agradecer ao  Asas do Atlântico, na pessoa da dinâmica jornalista Ana Paula Braga, pela oportunidade, e atenção ao pulsar crescente da sociedade sobre essa importante matéria.

 Agradecimentos especiais também à dedicada Ana Loura pela importante participação; à simpática e competente veterinária do CAMAC, Dra Joana Cravo, e, de forma muito carinhosa, aos nossos voluntários Rui Figueiredo e Pedro Resendes, que  representaram todos os outros,  sem esquecer quem prestou depoimentos gravados, na parte que foi contributiva para esta nobre causa do respeito pela vida de seres sencientes, que padecem das mesmas dores dos humanos.

Neste desiderato, estarei sempre de "peito aberto" para  lutar e colaborar pelo bem-estar estar animal, “sem especismos” e, particularmente com o CAMAC, investindo o meu tempo livre, e exercendo a minha cidadania, como sempre o fiz desde o princípio, seguindo o  “conselho” da minha consciência, o norte dos meus princípios éticos e humanos e os ditames dos estatutos das ONGAS que represento. Este é o "único partido" que me move nestas causas, (com espírito colaborativo e total desprendimento), e por elas me empenharei com a máxima dedicação e farei o que posso e sei, exigindo, pedindo, e até "suplicando" a quem de direito, quando tal for necessário, pela melhoria do bem-estar animal, tendo a convicção que é esse o mesmo sentir dos(as) amigos(as) que participaram no Programa, assim como de todos os outros que connosco trabalham, neste bem comum.
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Embora não estivessem no Programa, mas porque é justo fazê-lo, deixo também aqui um um bem-haja ao Dr. Rui Forte, pela sua prestimosa e desprendida colaboração, ao Roberto Cordeiro, um funcionário de primeira que trabalha no CAMAC, com muita dedicação e amor exemplar aos animais, assim como a todos os jovens do CADEP-CN e demais voluntários, enaltecendo também vivamente todos(as) aqueles(as) que fazem doação de rações, cobertores e toalhas, pela sua solidariedade e nobre ação cívica.

Aproveitando o ensejo, fazemos aqui publicamente, ao Senhor Presidente da Câmara Municipal,  uma veemente solicitação para que a Edilidade dê continuidade contratual, ao trabalho estraordinário, a nível técnico e deontológico, que a atual veterinária Dra Joana Cravo está a desenvolver no CAMAC, seguindo a filosofia e a ética exigidas no respeito pelo bem-estar animal, já concretizando, com a colaboração do CADEP-CN e de outros, partes dos preceituados da recente Resolução da ALRA nº 1/2014/A, sobre o correto funcionamento dos canis municipais e metodologia adequada para controlo populacional de canídeos e felídeos. Este é um trabalho já de referência nos Açores, que se quer cada vez mais evolutivo em Santa Maria, não podendo haver regressões.

Voltamos a apelar também, como  já o fizemos verbalmente e por escrito, que para maior conforto, dignidade dos animais e boa apresentação do CAMAC para as visitações, sejam forradas as paredes das celas a azulejos, construídos estrados sobre-elevados (para evitar que os animais durmam no chão molhado e facilite a higiene); seja instalado um sistema de aquecimento de água, para banhos aos animais e atos médicos; sejam retificadas as coberturas, no sentido de proteger melhor os cães da chuva e dos sol. Futuramente, também defendemos ampliação lateral do espaço do CAMAC, com aproveitamento das baias de armazenamento de RSU´s, alargando-se, aí o serviço de “gatil”.

Finalmente, reiteramos o importante apelo à Câmara Municipal, para que no fito de que a gestão e filosofia do CAMAC, se baseie na DUDA (Declaração Universal dos Direitos dos Animais), Convenção Europeia de Proteção dos Animais e Recomendação da ALRA, acima referida sobre o correto funcionamento dos canis, aceite a essência da proposta de Regulamento que lhe foi apresentada pelo CADEP-CN e Amigos dos Açores Sta Maria, em detrimento de se basear em regulamentos desatualizados, e com desvios destas orientações modernas e respeitadoras da vida. Tudo faremos, exigindo e colaborando, para que o CAMAC, não seja “mais do mesmo”, mas que marque  a diferenciação referencial, que se deseja e distinga a nossa ilha pela positiva.

Terminamos com o vincado aviso aos marienses de que o CAMAC não é um serviço público de descarte nem de entrega de animais, por razões infundadas como, vergonhosamente”, tem vindo a acontecer, mas tão só, um centro de recolha/acolhimento de animais em casos humanos extremos, tais como: falecimento de pessoas que viviam sós, perdas comprovadas de emprego e de compulsividade resultantes da aplicação da lei.

Recordamos que ninguém, é obrigado a ter um animal, mas ao tomar essa opção deve ter a responsabilidade e a ética de  cuidar dele durante toda a sua longevidade natural de vida, proporcionando-lhes condições de mobilidade, comodidade e pernoita dignos; zelar pela sua saúde recorrendo ao veterinário, esterilizar as cadelinhas e gatas para evitar ninhadas indesejadas e cumprir o que a lei obriga para se ser detentor(a): chip, vacinações e registo.

O abandono de animais não será mais tolerado em Santa Maria, lembrando que  o SEPNA da GNR, as ONGAS e cada vez mais cidadãos “estão de olho”, e que, a partir de 2014, esses actos cruéis e abomináveis vão ser considerados crimes punidos com cadeia até 3 anos.

* José Andrade Melo
   CADEP-CN e Amigos dos Açores Sta Maria
   Coordenador da “Bolsa de Voluntários do CAMAC”




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