APELOS À CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DO PORTO
E COMBATE AOS ABANDONOS
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No passado dia 5 de abril o programa
“Ritmos de Informação” dos Asas do Atlântico, foi dedicado ao Bem-estar animal
em Santa Maria, assentando a pertinência e a atualidade da temática no factos
de o dia 4, ter sido o “Dia Mundial dos Animais Abandonados” e abril ser o “Mês
da Prevenção Contra a Crueldade
Animal”.
No programa participaram pessoas que dão a cara e a voz por quem não se
pode defender por si próprio, e que sofrem e sentem como gente, sendo um dever
de ética humana e de cristãos defendê-los contra a cueldade dos abandonos, dos
maus-tratos e promover o seu bem-estar, dentro de fora do CAMAC.
Começamos por agradecer ao Asas do Atlântico, na pessoa da dinâmica jornalista
Ana Paula Braga, pela oportunidade, e atenção ao pulsar crescente da sociedade
sobre essa importante matéria.
Agradecimentos especiais também à
dedicada Ana Loura pela importante participação; à simpática e competente
veterinária do CAMAC, Dra Joana Cravo, e, de forma muito carinhosa, aos nossos
voluntários Rui Figueiredo e Pedro Resendes, que representaram todos os outros, sem esquecer quem prestou depoimentos
gravados, na parte que foi contributiva para esta nobre causa do respeito pela
vida de seres sencientes, que padecem das mesmas dores dos humanos.
Neste desiderato, estarei sempre de "peito aberto" para lutar e colaborar pelo bem-estar estar
animal, “sem especismos” e, particularmente com o CAMAC, investindo o meu tempo
livre, e exercendo a minha cidadania, como sempre o fiz desde o princípio,
seguindo o “conselho” da minha
consciência, o norte dos meus princípios éticos e humanos e os ditames dos
estatutos das ONGAS que represento. Este é o "único partido" que me
move nestas causas, (com espírito colaborativo e total desprendimento), e por
elas me empenharei com a máxima dedicação e farei o que posso e sei, exigindo,
pedindo, e até "suplicando" a quem de direito, quando tal for necessário,
pela melhoria do bem-estar animal, tendo a convicção que é esse o mesmo sentir dos(as)
amigos(as) que participaram no Programa, assim como de todos os outros que
connosco trabalham, neste bem comum.
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Embora não estivessem no Programa, mas porque é justo fazê-lo, deixo também
aqui um um bem-haja ao Dr. Rui Forte, pela sua prestimosa e desprendida
colaboração, ao Roberto Cordeiro, um funcionário de primeira que trabalha no
CAMAC, com muita dedicação e amor exemplar aos animais, assim como a todos os
jovens do CADEP-CN e demais voluntários, enaltecendo também vivamente todos(as)
aqueles(as) que fazem doação de rações, cobertores e toalhas, pela sua
solidariedade e nobre ação cívica.
Aproveitando o ensejo, fazemos aqui publicamente, ao Senhor Presidente da Câmara
Municipal, uma veemente solicitação para
que a Edilidade dê continuidade contratual, ao trabalho estraordinário, a nível
técnico e deontológico, que a atual veterinária Dra Joana Cravo está a
desenvolver no CAMAC, seguindo a filosofia e a ética exigidas no respeito pelo
bem-estar animal, já concretizando, com a colaboração do CADEP-CN e de outros,
partes dos preceituados da recente Resolução da ALRA nº 1/2014/A, sobre o
correto funcionamento dos canis municipais e metodologia adequada para controlo
populacional de canídeos e felídeos. Este é um trabalho já de referência nos
Açores, que se quer cada vez mais evolutivo em Santa Maria, não podendo haver
regressões.
Voltamos a apelar também, como já o
fizemos verbalmente e por escrito, que para maior conforto, dignidade dos
animais e boa apresentação do CAMAC para as visitações, sejam forradas as
paredes das celas a azulejos, construídos estrados sobre-elevados (para evitar
que os animais durmam no chão molhado e facilite a higiene); seja instalado um sistema
de aquecimento de água, para banhos aos animais e atos médicos; sejam
retificadas as coberturas, no sentido de proteger melhor os cães da chuva e dos
sol. Futuramente, também defendemos ampliação lateral do espaço do CAMAC, com
aproveitamento das baias de armazenamento de RSU´s, alargando-se, aí o serviço
de “gatil”.
Finalmente, reiteramos o
importante apelo à Câmara Municipal, para que no fito de que a gestão e
filosofia do CAMAC, se baseie na DUDA (Declaração Universal dos Direitos dos
Animais), Convenção Europeia de Proteção dos Animais e Recomendação da ALRA,
acima referida sobre o correto funcionamento dos canis, aceite a essência da
proposta de Regulamento que lhe foi apresentada pelo CADEP-CN e Amigos dos
Açores Sta Maria, em detrimento de se basear em regulamentos desatualizados, e
com desvios destas orientações modernas e respeitadoras da vida. Tudo
faremos, exigindo e colaborando, para que o CAMAC, não seja “mais do
mesmo”, mas que marque a diferenciação
referencial, que se deseja e distinga a nossa ilha pela positiva.
Terminamos com o vincado aviso aos marienses de que o CAMAC não é um
serviço público de descarte nem de entrega de animais, por razões infundadas
como, vergonhosamente”, tem vindo a acontecer, mas tão só, um centro de recolha/acolhimento
de animais em casos humanos extremos, tais como: falecimento de pessoas que
viviam sós, perdas comprovadas de emprego e de compulsividade resultantes da
aplicação da lei.
Recordamos que ninguém, é obrigado a ter um animal, mas ao tomar
essa opção deve ter a responsabilidade e a ética de cuidar dele durante toda a sua longevidade
natural de vida, proporcionando-lhes condições de mobilidade, comodidade e
pernoita dignos; zelar pela sua saúde recorrendo ao veterinário, esterilizar as
cadelinhas e gatas para evitar ninhadas indesejadas e cumprir o que a lei
obriga para se ser detentor(a): chip, vacinações e registo.
O abandono de animais não
será mais tolerado em Santa Maria, lembrando que o SEPNA da GNR,
as ONGAS e cada vez mais cidadãos “estão de olho”, e que, a partir de
2014, esses actos cruéis e abomináveis vão ser considerados crimes punidos com
cadeia até 3 anos.
* José
Andrade Melo
CADEP-CN e Amigos dos Açores Sta Maria
Coordenador da “Bolsa de Voluntários do
CAMAC”
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