Quando falo de voluntariado pelos
animais, alguns me colocam a seguinte questão:
“Porque
não ajudas pessoas que precisam?”
Geralmente coloca a questão acima
referida, são aquelas pessoas sem histórico visível de voluntariado, nem com
animais, nem com pessoas, daí a nossa grande perplexidade pelo seu
questionamento com feição de crítica.
Primeiro que tudo, não há
voluntariado mais nem menos nobre, quando em causa estão vidas em situação
precária e mais fragilizada, possuidoras de sentimentos e da capacidade de
sofrer, quer sejam pessoas ou animais sencientes.
Por outro lado, quem faz
voluntariado pelos animais, diretamente ajuda a estes, mas também direta e
indiretamente está a ajudar as pessoas, a comunidade e a sua terra. Acrescento,
ainda, que não conheço ninguém que se assuma defensor dos animais, que também
não se disponibilize para auxiliar pessoas, dando bons exemplos de cidadania e
de solidariedade em ambas as frentes.
Por outro lado, quem faz
voluntariado pelos animais, diretamente ajuda a estes, mas também direta e
indiretamente está a ajudar as pessoas, a comunidade e a sua terra. Acrescento,
ainda, que não conheço ninguém que se assuma defensor dos animais, que também
não se disponibilize para auxiliar pessoas, dando bons exemplos de cidadania e
de solidariedade em ambas as frentes.
--Se todos fizessem voluntariado com crianças, quem ajudaria os idosos?
Se todos ajudassem os idosos, quem faria voluntariado com as crianças? E se
todos apenas fizessem voluntariado com crianças e idosos, quem olharia pelos
muitos de animais abandonados todos os anos, no país, nos Açores e, ainda, em
Sta Maria, que sofrem e sentem como gente, sem falar das graves consequências
sociais que daí advém para a saúde pública, segurança de pessoas e bens e até
para a imagem de um povo e da sua terra.
Dizer que um animal é menos digno que uma
pessoa para merecer que alguém gaste o seu tempo com ele, prova que certos
humanos andam muito enganados em relação à natureza e ao valor intrínseco da
vida. A convivência com animais tem-me
ensinado que são seres maravilhosos, com elevados sentimentos, gratidão e amor
incondicional que gostaria de observar em muitos humanos.
De forma errónea, o ser humano assumiu a supremacia de todas as
espécies, colocando-se numa espécie de “pódio antropocêntrico”, julgando que
por ser dotado de racionalidade se poderia superiorizar à natureza,
controlando-as ou desrespeitando as suas leis e considerando-se um semi-deus
sobre todas as espécies , dispondo delas a seu belo prazer.
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