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23 de maio de 2011

SATA POUCO AMIGA DOS ANIMAIS

NOVAS TAXAS DA SATA
“PROMOVEM O ABANDONO ANIMAL”
 
O preço do transporte de animais domésticos na cabine dos aviões da SATA, desde o dia 13 de Abril, aumentaram 40 por cento, uma alteração que no caso do porão chega a atingir o dobro do valor anterior.

Só rico(a) pode levar animal na SATA
Esse precário exagerado e “monopolista” da SATA torna incomportável o transporte de animais de estimação por parte de cidadãos de mais baixos recursos, que nas suas ausências da ilha, não tendo a quem deixar os seus “amigos”, se “obrigam” ao ato degradante que é o abandono, com todas as conseqüências que isso traz em termos sofrimento animal e problemática social.

A SATA passou a cobrar uma taxa de 7 euros por quilo em vez dos anteriores 5 euros por quilo pelo transporte de animais na cabine. Assim, por exemplo, um animal doméstico de 7 quilos que antes pagava 35 euros passa a pagar 49 euros, o que equivale a um aumento de 40 por cento no preço. ISTO É UM ABUSO MONOPOLISTA INACEITÁVEL!

Na SATA sou "bagagem" mas pagou como "gente"
No caso do transporte de um animal no porão que antes custava 5 euros por quilo passa agora a custar 7 euros por quilo, mais uma taxa única de 30 euros. Por exemplo, um animal de 10 kg que antes pagava 50 euros, passa agora a pagar 100 euros, ou seja, o dobro. Tendo-se em conta que o montante de 100 euros corresponde só a uma ida, numa viagem para S.Miguel, um mariense paga muito mais pela viagem do seu cão do que pela sua própria viagem.

Esse precário exagerado e “monopolista” da SATA torna incomportável o transporte de animais de estimação por parte de cidadãos de mais baixos recursos, que nas suas ausências da ilha, não tendo a quem deixar os seus “amigos”, se “obrigam” ao ato degradante que é o abandono, com todas as conseqüências que isso traz em termos sofrimento e problemática social.

As convenções e declarações em prol dos direitos dos animais emanam que os governos e entidades deverão encetar políticas e procedimentos que promovam o bem-estar e a dignidade dos animais, agindo a SATA ao contrário, ao aplicar estas taxas exageradíssimas e persuasivas à separação dos animais dos seus donos, ou mesmo inviabilizadoras de se ter um animal, por parte das pessoas que mais viajam ou trabalham fora da sua ilha.
Exemplo de indignação e do anteriormente exposto é a carta que o Grupo Pelo Bem-Estar Animal dos Amigos dos Açores recebeu, como pedido de interceção, por parte da caidadã Maura Barreto, da qual apresentamos o seguinte excerto:

“Encontro-me atualmente a exercer a minha atividade profissional nos Açores, Ilha das Flores, mas como a minha residência oficial é em São Miguel tenho de me deslocar com alguma regularidade para lá, levando consequentemente o meu animal de estimação. Até há algumas semanas pagava uma taxa de 1,60€ por quilo no transporte do animal. Atualmente tenho de pagar, de acordo com a nova tabela 7 euros por quilo, mais 30€ pela taxa de transporte no porão. Contas feitas por alto, antes das entrada em vigor das novas taxas pagava 20€ e atualmente 121€ (cão e caixa = 13k). Ida e volta 242€, um valor superior à minha passagem de 170€.

Impressiona-me que, para não abandonar o meu animal de estimação e melhor amigo, terei de pagar valores exorbitantes, até porque não tenho alternativa para sair da ilha. No entanto, fico muito mais sensibilizada ao pensar que existem pessoas que não podem pagar tanto para levar um animal, sobretudo se for de grande porte. O que farão aos animais?

Tenhamos como exemplo um animal com 40 quilos: pagaria 310 €. Ida e volta, 620€.

Gostaria que me informassem se há alguma coisa que eu possa fazer, nomeadamente, divulgar esta falta de consciência onde prevalece a falta de moral e ética em função de interesses individualistas e capitalistas. Haverá alguma forma de luta através das associações de animais?

A raça humana persuade-se com a qualidade da sua presença no mundo relativamente à de outros seres. Desiludo-me mais com a nossa espécie do que com a do meu melhor amigo.”

Numa região que se diz e se quer ecológica e exemplar em termos de avanços civilizacionais no bem-estar e dignidade animal e humano, esta decisão da SATA é inaceitável e entra em contra-corrente, com a qualidade de vida que merecem os açorianos, os animais e a boa imagem externa do nossos Arquipélago.

A SATA tem que perceber que os marienses e açorianos em geral, grande parte do ano, não dispõem de alternativa senão o seu recurso para viajarem, e não pode “abusar do seu monopólio”, ao mesmo tempo que deve beber da sensibilidade hodierna de que o animal não é uma mercadoria, nem uma coisa, mas sim uma vida, devendo facilitar a proximidade e a relação afetiva entre animais e humanos, através dos seus precários.

Deixamos abaixo a hiperligação para as tabelas com os preços do transporte de animais pela SATA, que aparecem curiosamente com o mesmo valor do excesso de carga, como se levar um amigo a que estamos afetivamente ligados fosse “um excesso” ou uma mercadoria qualquer.



Para além da repulsa pública na comunicação social, o GBEA e outros estão a preparar formas de luta para levar a SATA a reavaliar estas taxas, a bem dos animais e dos açorianos.

* José Andrade Melo

3 comentários:

Tibério Braga disse...

A Sata, do meu ponto de vista, sempre foi um entrave ao desenvolvimento turístico desta Região, pelos preços exorbitantes das passagens e pelo seu monopólio nos transportes aereos de e para os Açores.Tudo isto com a cmplacência e inconpetência do Governo Regional:Tenho mais pena dos animais que dos homens!

jbcferreira disse...

Tenho pena!
Eles,os animais são realmente os nossos verdadeiros amigos e nós retribuimos com esta deslealdade e falta de bom senso.
A SATA não é uma companhia amiga dos açorianos antes pelo contrário.
João Ferreira

Sara disse...

Eu acho que os animais devem ser tratados da melhor maneira possível, espero que em algum momento têm a capacidade de fazer as coisas com eles, contanto que você alimentá-los bem com Whiskas