ANO INTERNACIONAL DA FLORESTA – 2011

EUCALIPTO HISTÓRICO DE SANTA MARIA “CONCORRENTE A “ÁRVORE NOTÁVEL DOS AÇORES” 
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Foram precisos 7 alunos para "abraçarem" a árvore

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2011 como o Ano Internacional das Florestas, dando assim continuidade a um dos objectivos já traçados anteriormente pelo Ano Internacional da Biodiversidade, comemorado no ano passado.-

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No âmbito das comemorações do Ano Internacional das Florestas, a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, entre as várias iniciativas, promoveu o concurso “À procura das árvores notáveis dos Açores”, cujo prazo terminou antes do Verão. 
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Os alunos da Escola de Almagreira, inscritos no CADEP-CN, apresentaram ao concurso um eucalipto de grande porte, quase centenário, localizado na histórica Quinta dos Arrudas, no Monteiro, que há cerca de meio século foi vitimada por um incêndio, no edifício de habitação. (Ver ficha de caracterização da Quinta, aqui )

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Na escolha de uma árvore considerada de “interesse público” para ser candidatada a classificação como “arvore notável dos açores”, era exigido pela DRRF o preenchimento de um formulário específico, com a descrição do interesse histórico, da importância do exemplar para a memória coletiva da localidade, a raridade das suas características e a imponência do exemplar selecionado. 

A acompanhar o formulário, também era imperativo o envio de 3 a 5 fotos da árvore isolada e de pormenores das folhas, das flores e dos frutos. (Ler Regulamento aqui)

Para esta iniciativa foram convidadas a participar todas as escolas do Ensino Básico, dos setores público e privado, só podendo ser escolhida uma árvore, na localidade associada a cada escola.

Com todas as participações validadas pelo júri, será elaborado um livro a editar pela DRRF, com as “Arvores Notáveis dos Açores. 

Á árvore da localidade de Almagreira que selecionamos para o concurso é um eucalipto (Eucalipto globulus), com mais de 70 anos; cerca de 20 m de altura, com uma área de copa à volta dos 19 m e um imponente e singular tronco com cerca de 7 metros de diâmetro, tendo sido necessários 7 alunos, de mãos dadas,  para o "abraçarem"

Para além de algumas excepcionais características botânicas, trata-se de uma árvore marcante de uma quinta histórica e da freguesia de Almagreira, pela imponência e vivências de memória coletiva que lhes estão associadas.  

Era no seu grosso tronco que o “feitor” da Quinta marcava o número de pipas de vinho que anualmente saia da adega ao lado; era à sombra das suas ramagens que as senhoras da casa bebiam o seu chá da tarde e provavam o “primeiro vinho doce”; era ali que o dono da Quinta fazia os negócios do gado e da venda da fruta e do vinho, sentados num banco antigo de madeira, junto ao tronco, sendo também aqui que esperavam aqueles que lhe queriam falar.  

Há, ainda, o relato da queda de um raio na Quinta, numa noite de trovoada, que atingiu a copa do eucalipto, tendo queimado parte dela, o que terá impressionado muito os trabalhadores no dia seguinte e levado muitas pessoas da freguesia ao local. (Como não conseguimos obter outros testemunhos vivos corroboradores deste último relato, não o incluímos no texto apresentado a concurso). 

Nesta data, já foi efetuada uma vistoria técnica por parte dos Serviços Florestais, para recolha de dados caracterizadores do  histórico eucalipto, esperando-se que até Outubro saia a decisão do Júri quanto à sua classificação como “árvore notável”. 

Ver mais fotos interessantes do eucalipto, no álbum aqui.