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27 de fevereiro de 2012

PREOCUPANTE SURTO HOMORRÁGICO DIZIMA COELHOS EM STA MARIA

 Vírus obriga a proibição da caça ao coelho na ilha de Santa Maria
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 A secretaria regional da Agricultura e Florestas proibiu ontem a caça ao coelho em Santa Maria até ao final da época venatória em sequência ao surto hemorrágico que está a dizimar a população de coelhos da ilha.
Num esclarecimento ao ‘Correio dos Açores’, a secretaria da Agricultura e Florestas confirma que se trata de um vírus muito agressivo que está a matar coelhos um pouco por toda a ilha.
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- O esclarecimento é do seguinte teor:
“No final de Dezembro o Serviço Florestal de Santa Maria apercebeu-se da possível ocorrência de um surto da Doença Hemorrágica Viral (DHV), naquela ilha, através do relato de um agricultor que encontrara coelhos mortos e também dos resultados dos censos populacionais que se realizam mensalmente, para a monitorização do coelho-bravo, indicarem uma súbita descida no número de coelhos observados no mês de Dezembro, na zona alta da ilha, e no mês de Janeiro, nas zonas mais baixas. Foram de imediato acionados os devidos mecanismos para avaliação da situação, tendo sido realizadas vistorias para determinação das zonas afectadas, procedendo-se à recolha e envio de coelhos mortos para análise, cujo resultado se veio a confirmar positivo para a DHV.
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Trata-se efetivamente de uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus (Calcivírus) que provoca uma hepatite muito severa que desencadeia hemorragias internas, que provocam a morte do coelho num espaço de cerca de 48 horas após a infecção. Não é uma doença transmissível ao homem, nem a animais de outras espécies, no entanto, não será aconselhável o consumo de coelhos contaminados.
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Esta é a segunda vez que a DHV ocorre na ilha de Santa Maria, após um anterior surto que ocorreu nos finais da década de 90. A doença encontra-se espalhada por quase toda a Ilha, certamente também consequência da densidade de coelho-bravo na ilha (que promove maior contacto entre coelhos e a disseminação da doença), tendo os Serviços Florestais procedido, até ao momento, à recolha de cerca de 500 coelhos mortos, que foram devidamente eliminados, através do seu enterramento, após cobertura dos cadáveres com cal.
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Apesar de compreensível a preocupação dos caçadores em acompanhar a situação, através da sua deslocação ao terreno, a Direção Regional dos Recursos Florestais recomenda, por prudência, que se evite este tipo de procedimento, uma vez que o mesmo se pode revelar como fator de disseminação desta doença, altamente contagiosa, quer para o coelho-bravo, quer para o coelho-doméstico.
Qualquer pessoa que encontre ocasionalmente um coelho morto, com suspeita de DHV, deverá proceder ao seu enterramento no local onde o encontrou e em seguida desinfetar as mãos, vestiário e calçado, ou então colocar o animal num saco de plástico bem fechado e entregá-lo no serviço florestal, para destruição.
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Face à confirmação da doença através de testes laboratoriais, foi decidida a imediata suspensão da caça, pelo que o Calendário Venatório para época 2011-2012 na ilha de Santa Maria sofrerá alterações, com a proibição da caça ao coelho-bravo até ao final da decorrente época venatória. No que concerne ao necessário equilíbrio entre a preservação da espécie e os interesses da agricultura, continuam a ser possíveis as correções de densidade”. (...)
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* In: Correio dos Açores, 24/02/2012
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   Notícia completa AQUI .

3 comentários:

Joana Costa disse...

A decisão é muito necessária a bem da saúde pública, esperando-se que, verdadeiramente não contamine outtros animais, principalmente os milhafes que se alimentam de coelhos.

Rita Silva disse...

Deus queira que não ponha em causa o extermínio da espécie, nem a saúde dos outros animais.

"Ecologistas Ativos" disse...

Concordamos com este cancelamento da caça, abem da espécie e da saúde pública.