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Depois desta formação intensa (cerca de 20
horas), muito diversificada e de elevada qualidade, os formandos ficaram com uma
importante base de conhecimentos para serem guias de interpretação das jazidas
fósseis de Sta Maria, que são únicas no contexto dos Açores.
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Esta formação que pretende ter
efeitos multiplicadores em termos didáticos e turísticos, mitigou uma
importante componente teórica com uma indispensável saída de campo, na qual os
formandos “in situ” puderam observar, interpretar e correlacionar conhecimentos
teórico-práticos que veicularão aos alunos e turistas que acompanharem nas
visitações.
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Foram abordadas temáticas como
"Ilhas vulcânicas e vulcões: a história da vida de um vulcão",
"Processos e padrões de dispersão e colonização em ilhas oceânicas",
"A escala de tempo geológica", "Biogeografia insular",
"fósseis-principais conceitos", "Paleontologia de Santa
Maria", "Desaparecimentos locais vs. extinções", "as
jazidas miocénicas de Santa Maria" ou ainda "Os grupos fósseis mais
importantes de Santa Maria".
Recorde-se que o Percurso
Pedestre “Vila do Porto-Pedreira do Campo-Prainha-Praia Formosa”, agora
aprofundado em estudo, foi, pela primeira vez, concebido e explorado, no âmbito
do Projeto “Itinerários Ambientais”, em 1999/2000, sob a coordenação do
CADEP-CN, tendo as parcerias da EBI de Sta Maria, Direção Regional do Ambiente
(Gabinete de Promoção Ambiental) e do Instituto de Inovação Educacional.
A formação terminou com uma
sessão aberta ao público, intitulada: “Que futuro para os fósseis de Santa
Maria?”, na qual o formador versou sobre, a “Rota dos Fósseis”, o “PaleoParque
Santa Maria e a “Casa dos Fósseis”, cujo arranque vai decorrer já em 2014.
O Projeto “Rota dos Fósseis”
apresentado contempla quatro percursos terrestres de pequena dimensão e um
percurso marítimo, quase à volta de toda a ilha, cujo especial enfoque é a
jazida da Pedra-que-pica.

Congratulamo-nos com a realização do Workshop
"A Rota dos Fosséis", pelo
reforço da valorização que dá ao património fossilífero de Sta Maria e
potencial de rentibilização económica que proporcionará, através do turismo de
natureza e científico, associado a esta singularidade geológica e
paleontológica da ilha.
Auspiciando uma grande atratividade com um futuro aumento de visitações turísticas e
didáticas às jazidas, recomendamos que então se faça valer o “Princípio da Precaução”, elaborando-se um regulamento procedimental
específico, contemplando códigos de conduta e condicionantes de “carga”,
nomeadamente àquelas mais vulneráveis pelo pisoteio, como a “Pedra-que-pica”.
* José Melo
CADEP-CN e Amigos dos Açores Sta Maria
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