FLORESTA AUTÓCTONE VALORIZADA NO DIA DA ÁRVORE EM SANTA MARIA

 SERVIÇOS FLORESTAIS PROMOVEM PLANTAÇÃO DE ENDÉMICAS E JOGOS EM PARCERIA COM O CADEP-CN E ESCOLA DE ALMAGREIRA 

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Não o podendo fazer no dia 21 de março – DIA DA ÁRVORE --, por motivo de mau tempo, foi no passado dia 27, que os Serviços Florestais de Santa Maria, coordenaram a plantação de diversas endémicas no Parque Florestal das Fontinhas, contando com jovens inscritos no CADEP-CN e alunos da Escola de Almagreira, constando esta ação do desenvolvimento do Plano Anual de Atividades: “Ambiente Local - Conhecer para proteger”.

Depois de uma ligeira palestra, dirigida ao grande grupo, sobre a importância da árvore, nos seus mais diversos atributos e benefícios (ecológicos, económicos e sociais), com especial valorização das endémicas, pela sua singularidade genética e patrimonial dos Açores, os alunos foram divididos em grupos menores, tantos quantos as espécies a plantar.

Os grupos de alunos, acompanhados e orientados por docentes e técnicos florestais plantaram as seguintes espécies endémicas arbóreas e/ou arbustivas: pau-branco (Piconia azorica), folhado (Viburnum tinus), urze (Erica azorica), uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum) e louro (Laurus-azoricus).

Aproveitamos para informar que "espécies endémicas” são aquelas cuja distribuição geográfica se limita a uma determinada zona do globo. Uma espécie endémica dos Açores significa que apenas existe, de forma espontânea, na Região Autónoma dos Açores. O fato dos Açores serem formados por ilhas, ou seja, espaços isolados que contribuem para o aparecimento destas espécies, as quais constituem um património natural único no mundo, que revestem uma enorme riqueza genética e científica, com evidente potencial ecológico, económico e turístico.

Na preparação desta saída de campo, adicionalmente ao valor patrimonial e científico intrínseco da vegetação endémica dos Açores, esta, ainda foi destacada na sua valorização, como habitat de suporte preferencial de algumas espécies de fauna, como a estrelinha de santa Maria – “Ave do Ano 2012, nos Açores”, tendo os alunos do CADEP-CN, feito pinturas e visualizado um PPT com a caracterização desta sub-espécie endémica.
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*Depois da leitura do post, veja vídeo no final.

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Sob o ponto de vista pedagógico/ambiental junto dos alunos, esta ação foi ao encontro e deu corpo ao preconizado na Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), ao pretendido na comemoração do Dia Internacional da Floresta e aos objetivos do novo Currículo Regional, permitindo:
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- Compreender a importância da diversidade florestal;
- Conhecer e valorizar o património natural dos açores;
- Expandir e proteger as espécies autóctones dos Açores;
- Promover a educação e sensibilização ambiental;

- Promover o embelezamento de uma área com elementos naturais;
- Fomentar o trabalho colaborativo e a responsabilidade individual;
- Contribuir para o desenvolvimento sustentável.
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Depois da plantação das árvores, os alunos realizaram jogos de recolha, classificação e identificação de folhas, seguindo-se o seu decalque em papel, para comparação das diferentes formas e estruturas que as constituem.

Reforçando-se a componente da sensibilização/educação ambiental, de forma alargada, ainda se proporcionou um jogo de preparação para a prática correta da recolha seletiva de RSU´s, que se quer efetiva e abrangente em Santa Maria, por forma a se poupar recursos naturais como as árvores. 

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IMPORTÂNCIA E HISTÓRIA DO DIA DA ÁRVORE

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O Dia Mundial da Árvore foi instituído essencialmente com o objetivo de sensibilizar a população em geral para a importância e o valor que este recurso natural tem para o Homem, quer em termos económicos e ambientais como da própria qualidade de vida dos cidadãos.

Da árvore obtemos valiosos produtos como a madeira para as construções e mobiliário, celulose para o papel, carvão para aquecimento e cozinhados, substâncias medicinais, óleos, resinas, gomas, colas, essências, mel, frutos e muitos outros.

Sob o aspecto ecológico, da floresta recebemos, para além da vital função purificadora do ar, outros incontáveis e indispensáveis benefícios, desde a beleza paisagística, a aconchegante sombra, a fixação de solos, a proteção dos ventos, a regulação do ciclo hidrológico, combate à desertificação e às alterações climáticas, sendo, ainda suporte fundamental de ecossistemas e de preservação da vida selvagem terrestre, e muito mais.

Aponta-se que a primeira comemoração oficial do Dia da árvore ocorreu em 1872, no estado norte-americano do Nebraska sob a designação de “Arbor Day”, uma expressão que quando traduzida significa “Dia da Árvore”. Graças à ação de John Stirling Morton, o precursor da iniciativa, a população deste estado norte-americano, embora rapidamente outros estados norte-americanos seguissem o exemplo, passou a consagrar um dia no ano à plantação de árvores e a ações de propaganda sobre os benefícios da arborização.

Um fenómeno que rapidamente atravessou as fronteiras e outros países começaram a assinalar o dia no seu calendário, com as mais diversas designações e em diferentes épocas do ano devido à diversidade de condições climáticas. Se alguns países mantiveram a designação Dia da Árvore ou Festa da Árvore outros foram mais criativos, como aconteceu com a Semana da Arborização, na Jugoslávia, a Festa Nacional da Plantação de Árvores, na Índia, ou o Dia Anual das Árvores, em Israel.
Em 1971, e na sequência de uma proposta da Confederação Europeia de Agricultores, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) instituiu o Dia Mundial da Floresta numa data única, a 21 de Março.
Em Portugal, as primeiras manifestações do Dia da Árvore ocorreram no início do século XX, entre 1907 e 1917, embora tenha sido, e à semelhança dos demais países, a 21 de Março de 1972 assinalado o primeiro Dia Mundial da Floresta, tendo-se mantido até à atualidade.
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* Ver vídeo com reportagem fotográfica AQUI .

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*José Andrade Melo
  CADEP-CN (Clube dos Amigos e Defensores do Património-Cultural e Natural)