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3 de maio de 2012

MOVIMENTO UNIVERSITÁRIO APELA AO FIM DAS "GARRAIADAS"

UNIVERSIDADES SÃO PARA FORMAR CIENTÍFICA E ETICAMENTE E NÃO PARA TORTURAR ANIMAIS
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O Movimento Universitário pelos Direitos dos Animais (MUDA) apelou hoje às organizações das festas académicas para não promoverem garraiadas. 
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Apoios para estudar e não para torturar
Em comunicado hoje divulgado, o MUDA apela às comissões organizadoras das festas estudantis que "reconsiderem a realização de práticas violentas e de humilhação a animais" e considera as garraiadas "práticas desrespeitadoras da dignidade humana".  
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"Apelamos a todas as associações de estudantes e académicas para que, de modo exemplar, repudiem e retirem de qualquer atividade académica práticas que, ao ignorarem o próprio conhecimento cientifico produzido nas academias, inflijam sofrimento e humilhação a animais sencientes, capazes de sentir física e emocionalmente", refere a nota. 
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Expressa Luís Amorim, comissário da representação institucional da Queima das Fitas em Coimbra que,  as touradas são feitas "com cavaleiros amadores e forcados", acrescentou, garantindo que a garraiada "está longe de ser uma tourada normal em que o touro fica ensanguentado naquele jogo, há realmente a tourada mas a violência não é tão acentuada como nas touradas tradicionais".
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Não obstante estas “esfarrapadas” justificativas, a humilhação e atentado à dignidade dos animais são irrefutáveis, assim como a sua sujeição a um alto stress e sofrimento provocado pelos puxões, empurrões e muitas quedas. Esta é uma “selvejaria” que se quer ver longe das universidades, que se devem afirmar como espaços de formação e de elevação ética, incluindo o respeito por todos os seres. 
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O MUDA sugere às associações académicas e de estudantes que "canalizem os recursos económicos e humanos investidos em práticas desrespeitadoras da dignidade humana, como as garraiadas, para uma maior mobilização e sensibilização para as dificuldades que a comunidade estudantil atravessa, ao invés da promoção de espaços de alienação".
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 Para o MUDA, numa altura em que tantos alunos abandonam o ensino superior por dificuldades financeiras, as associações académicas canalizam recursos económicos e humanos para estas práticas. "A tradição não pode ser desculpa para mal tratar e humilhar os animais".
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O grupo de estudantes universitários MUDA,  que conta com 25 membros e sem qualquer apoio financeiro, promete que vai "agitar as águas em prol de uma mudança social séria e justa, que promova respeito". "O que nós queremos é, pacificamente, ocupar as universidades para promover o pensamento crítico".
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* José Melo
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   Fontes consultadas: LUSA e JN




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