PROGRAMA DE OBSERVAÇÃO DAS
PESCAS DOS AÇORES
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O POPA (Programa de Observação
das Pescas dos Açores) acaba de formar nove observadores que vão acompanhar
a safra de atum ao longo de 2012.
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A preparação dos observadores do
POPA, que visa a realização ações de monitorização da actividade piscatória nos
mares açorianos, passa pela aquisição de conhecimentos em áreas tão
diversificadas como a oceanografia, as áreas marinhas protegidas, a
biodiversidade e identificação de peixes, cetáceos, aves e tartarugas marinhas.
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Além da segurança no mar, e do
enfoque na pesca de atum, a formação dos nove indivíduos incluiu ainda módulos
sobre a história do Dolphin Safe e POPA, além do preenchimento de formulários e
equipamentos de observação e recolha, segundo refere nota informativa do
Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores (UAç).
O TRABALHO DO OBSERVADOR DE
PESCAS
Além da recolha de dados de cariz
científico a bordo de embarcações de pesca comercial, os observadores do POPA, através
do preenchimento de formulários estruturados para o efeito, previamente
estruturados pelo conselho científico do POPA que inclui investigadores
especializados em várias áreas das ciências do mar e que são posteriormente
introduzidos e tratados numa base de dados informática, têm a seu cargo a
deslocação a bordo das actualmente 18
embarcações de atum registadas nos Açores.
Cada uma (embarcação) tem cerca
de 28 metros
de comprimento e tripulações que podem variar entre 14 e 16 homens. Neste pesca,
que ocorre entre Maio e Outubro de cada ano, “os barcos possuem uma autonomia
limitada facto que impossibilita a sua estada no mar por mais de 8 dias (em
média)”.
“Por norma, o observador
permanece em cada embarcação cerca de 30 dias, mudando depois para outra, de
acordo com a orientação dada pelo coordenador do POPA. Durante este período, o
observador deve procurar integrar-se no ambiente que o rodeia ao mesmo tempo
que executa as suas funções, ou seja, observação e registos. Os últimos dividem-se
em grupos pré-estabelecidos que incluem recolha contínua de dados relativos à
dinâmica das embarcações e recolha de informação sobre as espécies alvo da
pescaria (atuns) bem como sobre as que interagem com esta actividade (cetáceos,
aves marinhas e tartarugas)”.
O POPA resulta de um acordo entre
a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM); o “Earth Island Institute”; a
Indústria Conserveira Açoreana, através da Associação de Conserveiros de Peixe
dos Açores (Pão-do-Mar); os Armadores do atum, através da Associação de
Produtores de Atum e Similares dos Açores (APASA); o serviço de lotas e
vendagens de peixe dos Açores, através da LOTAÇOR E.P. e o Instituto do Mar, através
do Centro do IMAR da Universidade dos Açores (IMAR-DOP/UAç).
----------Fonte consultada: A União, 10-5-12
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