CONHEÇA MELHOR ESTE FAMOSO GEOSSÍTIO
E O QUE DEFENDEMOS PARA SUA PROTEÇÃO E MELHOR FRUIÇÃO
(Vídeo, no final)
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(Vídeo, no final)
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O Barreiro da Faneca, também
conhecido por “Deserto Vermelho dos Açores” é uma extensa superfície de terreno
árido e argiloso, pertencendo principalmente à unidade geológica denominada
"Formação de Feteiras", constituindo uma paisagem semi-desértica de
cor amarelo-avermelhada, única nos Açores.
Com altitudes que rondam os 200 metros acima do
nível do mar, apresenta-se como uma superfície de relevo ondulado com declives muito
suaves, inferiores a 4-5%, e com uma capacidade de drenagem muito reduzida. Nas
zonas desprovidas de vegetação é notória a erosão do solo, podendo ser
observadas "dunas" causadas pela erosão eólica e hídrica.
Apesar de,
há algumas décadas, o Barreiro da Faneca apresentar apenas algumas manchas
isoladas de vegetação, nos últimos anos tem se verificado um aumento espontâneo
desta, de forma que, atualmente, cerca de 70% de sua área encontra-se recoberta
por espécies vegetais, nomeadamente invasoras.
Com o objetivo de irradicar e
controlar parte das infestantes que têm vindo a cobrir o Barreiro da Faneca,
este geossítio foi alvo de uma limpeza no âmbito do PRECEFIAS - Plano
Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora em Áreas Sensíveis.
A intervanção “limpou” cerca de 12 000 m2 tendo um custo de 55 000,00 €, acometido
à Secretaria Regional do Ambiente e do Mar.
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As espécies de flora invasora removidas
foram o Pittosporum Undulatum (incenso),
Ulex Europaeus (Pica rato, Tojo), Pinus Pinaster (Pinheiro Bravo) e o Pteridium Aquilinum (Feto).-
À valiosa geopaisagem do Barreiro
da Faneca, estão associadas algumas espécies vegetais endémicas dos Açores, tais
como a urze ("Erica azorica"), o pau-branco ("Picconia
azorica"), a malfurada, a "Scabiosa nitens", a erva-leiteira, e
outras espécies igualmente importantes, com o louro-da-terra, a faia-da-terra e o tamujo (“Myrsine africana”).
A travessia do Barreiro da Faneca
faz parte dos PR1 “Trilho da Costa Norte” e do PR2 “Pico Alto-Anjos”, cujos
traçados tiveram a colaboração do CADEP-CN e Amigos dos Açores, Sta Maria.
Para evitar a destruição das “dunas”
e a perturbação de habitats e espécies
associadas ao Barreiro da Faneca, nomeadamente a Estrelinha de Santa Maria (“Regulus
regulus sanctae-mariae”), aquelas ONGAS, pugnaram junto da SRAM, para desviar o
trânsito motorizado daquela zona, encaminhando-o por um caminho alternativo, o
que foi aceite, estando o processo a
decorrer.
Na última reunião tida com o Senhor Secretário Regional do Ambiente e do Mar, no dia 11 de Março de 2012, defendemos e questionámos o seguinte:
O QUE DEFENDEMOS JUNTO DA SRAM PARA ESTE LUGAR
Na última reunião tida com o Senhor Secretário Regional do Ambiente e do Mar, no dia 11 de Março de 2012, defendemos e questionámos o seguinte:
"Reiteramos a nossa congratulação pela intervenção que foi efetuada na
Paisagem Protegida do Barreiro da Faneca, na decorrência do que temos vindo a
defender há anos, junto da SRAM, para remoção de infestantes, nomeadamente a Ulex europeus (Pica-rato), que,
ano-após-ano, estava a diminuir aquela retumbância paisagística, única no
Arquipélago.
Na
sequência do trabalho apela-se a uma contínua monitorização e controle, da limpeza já efetuada, por
forma a não retomar a situação precedente, devendo prever-se, numa fase seguinte, a extensão da mesma.
Tendo a SRAM aceitado, há dois anos, a nossa
sugestão, de efetuar a construção um caminho alternativo para veículos
motorizados, para permitir a ligação entre o pilar e estrada dos Piquinhos,
como necessidade imperiosa para uma proteção eficaz deste espaço singular dos
Açores, questionamos:
-- Estando já definido o traçado do novo
caminho, em que ponto está a contratualização com os proprietários para a desafetação
de terrenos?
-- Vamos ter a efetivação deste compromisso,
antes do final da lesgislatura?
-- Reiteramos a sugestão,
apresentada na reunião anterior, da abertura de pequenos trilhos entre a
vegetação não intervencionada (alguns caminhos antigos já existem, como o da
Ponta do Pinheiro) no sentido de permitir a visualização de excelentes panorâmicas
do litoral sobre a Baía da Cré, Baía do Raposo e Ilhéu das Lagoinhas, alargando
ganhos adicionais à fruição desta área protegida e aumentando a sua
atratividade e rendibilidade eco-turística."
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Conheça mais algums pormenores
científicos deste geossítio de Santa Maria, através do vídeo da SIARAM,
apresentado pela geóloga Eva Lima.
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