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26 de outubro de 2013

CONHEÇA O “CAPUCHO” (PHYSALIS PERUVIANA)

PROPRIEDADES MEDICINAIS E OUTROS USOS 

A Physalis, planta originária da América do Sul, é conhecida popularmente nos Açores por capucho e dá um fruto alaranjado ou avermelhado.  

É uma planta subespontânea nos Açores, estanto naturalizada em regiões tropicais e subtropicais. Antigamente era facilmete encontrada em Santa Maria, sendo atualmente mais raro ter esse doce encontro com os seus belos frutos alaranjados. 

Antigamente a planta e o fruto eram utilizados medicinalmente como como depurativo, diurético. Existe também alguma literatura que releva as suas propriedades anti-oxidantes. 


A Physalis dá um fruto denominado de “capucho”, que é bastante saboroso e pode ser comido em cru, sem qualquer preparação. É normalmente usado na cozinha como decorativo de pratos e sobremesas devido ao aspecto fora do vulgar.

 Pode ser usado em compotas e doces ou em licores.  

No arquipélago açoriano, para além do uso medicinal de outrora pelos nossos avoengos, é comido como fruto ao natural,  e também transformado em compota, sendo muito procurado e afamado o “Doce de capucho”,  produzido por uma empresa de S.Miguel. 
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IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO 

Nome popular: Capuchos, capuchinhos ou Tomatinhos-de-capucho 

Nome científico: - Physalis peruviana com fruto cor alaranjada; Physalis franchetti – com fruto de cor avermelhada  

A Physalis peruviana  é a mais comum nos Açres, caracterizando-se por ser uma planta herbácea de folhas aveludadas, subsepontanea e resistente a pragas e doenças, sendo por isso ideal na agricultura biológica. 

Pode ser cultivada, encontrando-se também nascida espontaneamente nas barreias, taludes de matas ou caminhos agrícolas e bermas de quintais. 

O CULTIVO DA PHYSALIS 

 A semente de Physalis é muito pequena no entanto tem uma taxa de germinação superior a 95%. Existem alguns cuidados a ter de modo a facilitar a germinação de physalis: Deve ser semeado em local abrigado do frio em Janeiro/Fevereiro de modo a ser transplantado para o exterior a meio da primavera no final do tempo frio (após Maio).  

Para semear Physalis é necessário vasos pequenos ou células de plástico e terra esterilizada ou substrato próprio. É conveniente que a terra seja misturada com musgo de modo a reter mais humidade e a não se compactar. 

Coloque a semente a cerca de 1 cm de profundidade e cubra. Regue com um vaporizador frequentemente mantendo sempre a terra húmida mas não encharcada. 

 Outro método é usar células ou vasos furados em baixo e colocar um tabuleiro com água por baixo, assim a terra mantém-se sempre húmida por capilaridade e nunca encharca. 

 Assim que as plantas atingirem cerca de 15 cm já apresentam alguma resistência ao frio e podem ser mudadas para os locais definitivos. Deve escolher uma zona com muito sol protegida do vento e um terreno com boa drenagem de preferência ligeiramente arenoso.  

 Ao plantar a Physalis tenha cuidado para espaçar cerca de 80 cm cada planta para que se possa desenvolver convenientemente e dar muitos frutos. 

Caso não plante junto a um muro pode estacar os arbustos de Physalis com arames e estacas enterradas no chão. O vento é o principal factor a ter em conta já que a Physalis é muito delicada e facilmente parte com ventos fortes. 

 Cada arbusto de Physalis pode gerar até 3 kg de frutos variando conforme a sua localização e clima. Os frutos começam a amadurecer no início do verão e devem ser colhidos com cuidado para não danificar a planta à medida que ficam maduros.

 Cada planta tem uma vida de cerca de 3 anos em climas amenos. Caso os frutos não sejam colhidos estes espalham sementes que dão origem a novas plantas à volta do arbusto original. 

Texto de: José Melo (CADEP-CN) 
Fontes consultadas: “Boletim Agrário” e “Catálogo das Plantas Vasculares dos Açores”

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